quinta-feira, 31 de março de 2011

Dodge Charger R/T 1976 Marrom Castanho Araguaia

O elegante R/T Castanho Araguaia, como está hoje. Mopar Nats 2010

No post do Dodge Dart 1973 contei sobre o meu amigo Carlinhos, dono do posto de gasolina perto da minha casa, e seu Charger 1976. Conheci esse carro em 2003, logo que me casei e nos mudamos para o bairro.

Sempre gostei do Charger, por motivos já expostos aqui. Eu cresci andando num Charger 1974 vermelho índio, e tinha boas recordações, pois era o carro do meu avô. Foi uma fase muito boa de nossas vidas, curtimos muito esta época. As férias em Dourado, o começo da vida escolar, a chegado do meu irmão... Enfim, compactando tudo isso e resumindo, temos a visão do Charger R/T. O carro que me levou no primeiro dia de aula no Augusto Laranja, que nos levava até a rua 25 de Março... Bons tempos.

Estrada para Dourado
Meus avós, paterno (esquerda) e materno (direita)
Minha amada avó. Deixou-nos em 1978
Eu, no meu 2o aniversário. dezembro de 1973.



Em 2009 eu já tinha o Dart, mesmo que em reforma, e já estava conformado e decidido a não comprar mais nenhum carro antigo. A compra do Dart fora uma decisão ruim na época, pois o carro havia custado caro e, apesar de não ter nenhum problema gritante, tinha muitos "pequenos problemas". Eu estava cansado do assunto e queria tranquilidade. Funileiros, pintores, vendedores de peças, queria dar um basta nisso por um tempo. Cheguei a conclusão que carro antigo não era para mim. Mas sempre ficou na cabeça a questão de ter um Charger, um dia...

Como entrei no mundo do antigomobilismo com os preços já elevados, a compra de um Charger virou uma questão sem solução. Pagar caro e ainda ter que reformar, comprar peças. Realmente eu não estava disposto a entrar nessa outra vez. Os Chargers que apareciam precisavam de reformas, ou custavam preços muito elevados se comparados com o que eu poderia pagar num projeto. Quando via algo interessante, ligava para os meus amigos, pegava opiniões e ficava sonhando com o carro, mas não passava disso. Não entrava na minha cabeça pagar 40 mil num carro para reformar. Desisti da idéia em definitivo.

Até que um dia o destino entrou em ação. Entre idas e vindas, meu amigo Carlos, o dono do Charger que eu dirigira pela primeira vez, mudou de ramo, saiu do bairro e montou um comércio no bairro da Saúde. Tenho o hábito de ir lá para jogar conversa fora, somos grandes amigos. Ele sempre comentava que não tinha muito tempo para andar com o Charger. Em 2006, logo após a compra do Dart, ele comentou que iria vender o carro, o que me chateou muito. Não apenas porque eu não poderia comprar, mas também porque eu sabia o quanto o Carlos gostava do carro. Na época ele tinha uma coleção com três Pumas e uma SM. Um comprador deixou de levar o Charger por causa de um desconto, que o Carlos não deu... Esse senhor acabou comprando um carro 1977. Neste meio tempo, apareceu um comprador para a SM, e o Charger escapou de ser vendido. Era o destino de novo.


O carro na época que eu o conheci
Seu interior maravilhoso!

Passaram-se mais alguns anos. Um dia vou visitá-lo e ele me conta que iria vender o carro. Simplesmente porque ele já havia curtido o que queria curtir com o Dodge. Já havia acabado o ciclo dele com o carro. A vida é assim, passamos por fases. Quando comentou que queria vender, dispus-me a ajuda-lo a encontrar um comprador, gostaria que o carro fosse vendido para alguém que cuidasse dele e que pagasse o valor justo para o meu grande amigo.

O valor era alto. Sem pensar em comprar, comecei a ligar para alguns amigos que poderiam se interessar. Felizmente ninguém atendeu. E aí que começa a minha história com o carro. "Eu gostaria que o carro ficasse com você", disse o Carlos. "Eu também, mas no momento não consigo", respondi."O carro não está a venda até você pensar e me dar uma resposta". "Para você a proposta é diferente.". Naquele momento percebi o destino atuando de novo.

Eu precisava conversar com minha mulher antes. Nem preciso dizer que não dormi aquela noite. Minha esposa me surpreendeu com o apoio à compra, condicionando à venda de outros carros que possuia, incluindo meu Dart. Não a recrimino, aguentar marido fanático não é fácil. Vendi um Landau 1982, carro que só me deu dores de cabeça, e meu carro de uso, que eu havia comprado há menos de um ano.

No dia seguinte, 04:30 da madrugada eu estava na revistaria do Carlos para fechar o negócio e uma semana depois fui retirar o carro. Fazia mais de um ano que o carro estava sob a capa prateada, sem ser ligado. Funcionou na 3ª tentativa, a bateria totalmente morta. Fomos até uma casa de baterias, o carro não morreu nenhuma vez! O Cuti tem razão quanto ao Dodge, é um carro indestrutível.



Prestes a levantar de um longo sono!

Muita poeira...
O Carlos e seu Dodge. Pegou com a ajuda da bateria do Honda e não morreu mais.
O guerreiro, após um longo sono, indo encher os pneus murchos.


O Carlinhos dirigiu até minha casa, queria se despedir do seu companheiro de oito anos. Assim como era para mim, o Charger também sempre foi o sonho dele. Incrível o desprendimento do meu grande amigo em relação ao seu carro. São fases da vida....

Despediu-se do carro e desejou que eu fosse feliz com ele como ele fora nos oito anos. Eu nem acreditava ! Aquele Dodge que eu conhecera sete anos antes agora estava na minha garagem! Passei a ter um Charger R/T maravilhoso, com 79 mil kilômetros originais e boa parte da pintura e vinil ainda de fábrica! As faixas originais ainda, com um interior maravilhoso. Lembro de ter gasto dois tanques na primeira semana com ele. Eu fiquei rodando umas duas horas num domingo com o Charger pelo bairro, e posso dizer que é um dos melhores Dodges que já vi. O carro foi totalmente revisado, muitas das peças de desgaste natural eram ainda originais do carro. O motor nunca havia saído do cofre, em 34 anos.

Alguns carros parecem ter sido fabricados apenas com a missão exclusiva de dar alegrias ao seu dono. E esse Dodge é assim. Quando zero pertenceu a uma empresa de publicidade (Publisian). Depois foi vendido para o seu Paulo (que não conheci) que cuidou do carro por mais de vinte anos, e que amava esse R/T. Vendeu-o porque não tinha mais condições de dirigir, já tinha uma idade avançada. Quis tentar localiza-lo para saber mais do carro, mas a pedido do Carlos não o fiz. O dono gostava muito do carro e provavelmente sentiria em ver o carro mudar de dono novamente.

 Sem motor, pela primeira vez desde 76.



Customizações de época. Tampas cromadas.

 O Carlinhos cuidou muito bem do carro, que era o xodó dele. Nunca esse R/T deixou o Carlos na mão. E nem a mim. Esse carro hoje faz a minha alegria e a dos meus filhos, que adoram o "Dodge Dourado". Enquanto eu puder, terei esse carro e cuidarei muito bem dele, mas um dia chegará a minha vez de deixa-lo ir, e ele irá continuar a sua missão de alegrar as pessoas. Os meus filhos, espero. É o destino desse carro maravilhoso!


Juntas, bombas e pintura novas.

 O carro pronto!

 Minha mãe.

 Essa traseira é linda.





Em 2010 fomos ao Mopar Nationals com ele. Foi um evento muito legal, o carro foi utilizado como modelo para a estampa da camiseta e acabou sendo premiado, guardo o troféu na minha estante com muito carinho. 

desenho feito pelo Paulo, utilizado na camiseta em 2010.

O Mopar Nationals é o único encontro que freqüento. É um evento para a família, levo os meus filhos desde que nasceram, tenho grandes amigos, sócios, não sócios, de São Paulo e de outros estados. Vale a pena ir, com ou sem Dodge. Esse ano pretendo ir de Magnum, se Deus quiser. 

 Meus amados filhos.


 Com o pessoal do CCB. Na foto o Serginho.
  Como fui de carro só sábado, peguei o R/T do Eduardo para receber o prêmio.
Com meu filho e o Lincoln.
Meninos com o troféu do carro deles!


Essa é a história de um sonho de infância, realizado...

Abraços!


Vital


domingo, 27 de março de 2011

Achei uma foto do Passat 76. Está no post dele!

Eu, meu irmão e o Passat. Uma longa jornada juntos!

abraços!

Vital

Alfa Romeo 2300 1975

Houve um tempo que, se estivéssemos em férias, com certeza estaríamos em Dourado. Foi uma época muito boa. Passávamos 3 meses, desde o início de dezembro até o começo de março. Começavam as férias, entrávamos no carro e lá ia a família para o interior, 300 km de estrada. Anhanguera, Washington Luiz e uma estrada de 50km até Dourado. Lembro que perguntava ao meu pai quantos km faltavam para chegar, de cinco em cinco minutos. Parávamos na metade do caminho para um lanche, tanto na ida como na volta. Na ida almoçávamos na Churrascaria Rio Grandense, éramos os primeiros clientes. Quando meu avô morreu e os donos souberam, não deixaram meus pais pagarem pelo almoço. Ele era um sujeito muito querido e deixou muitos amigos. Há poucos anos atrás parei para almoçar lá com minha mulher. Um dos donos lembrou de mim e da minha família. Eu gosto destas histórias.
Na volta o restaurante Figueira Branca era parada obrigatória. Era uma viagem mais curta que a da ida, pois não tínhamos ansiedade alguma em voltar para São Paulo. Enfim, ir para Dourado era um evento e tanto!




Eu e meu irmão, brincando na lama! Atrás da fábrica.

Hoje, mais de trinta anos depois, vendo meus filhos em suas cadeirinhas pelo retrovisor, lembro com muita saudade daquela época e desejo para eles uma infância tão feliz quanto a que eu e meu irmão tivemos. Sempre quando posso, levo a minha família para Dourado. Apesar de não ficarmos na nossa casa, sempre levo meus filhos até lá e até a fábrica, para que eles tenham contato com suas origens. Com a história da família deles.

Em 1975 minha mãe já tinha dois filhos. Ela é filha única, de um pai que sempre esperou um filho homem. Uma coisa boba hoje, mas que na época não era, ainda mais se tratando de um filho de libanês. O fato de minha mãe dar ao seu pai dois netos homens foi de uma alegria muito grande para meu avô. aí que entra em cena o carro deste post: o Alfa Romeo 2300 1975.

 Frente imponente, muito estilo.
 Lembro deste descansa braço até hoje. Eram 4 horas de viagem.
Esse painel não tem igual, até hoje. Minha opinião... O nosso não tinha A/C

Sempre gostei de carro. E de carro bom. Quando vi e me falaram o nome deste, repetia sempre: "mãe, compra um Faromeo!". Lembro-me disso como se fosse hoje. As Alfas começaram a ser feitas em 1974, a fábrica era no Rio de Janeiro. A famosa FeNeMê. Era um carro que, apesar de mal construído, de fácil corrosão, ausência de direção hidráulica, era muito charmoso. Freio a disco nas quatro rodas, um luxo que poucos nacionais apresentam nos dias de hoje. Os R/Ts não tinham. Antena elétrica, mostradores Veglia feitos na Itália. Desenho muito bonito, até hoje.

Enfim, começou a campanha da minha mãe para ganhar um carro novo. Meu avô tentou persuadi-la à comprar um Corcel Belina, mas não teve a menor chance. E em 1975, fomos à concessionária Duetto, em São Paulo. O carro custou uma pequena fortuna na época, e chamava muito a atenção por onde passava. Via-se poucos carros destes na rua. Viajamos muito pouco com esse carro, que tinha alguns problemas crônicos, como a ausência de direção assistida, o câmbio ruim, e outros diversos. Além de ser um carro pesado, diferente do Dodge e do Passat.

Mas eu adorava esse carro. Foi o que mais ficou em casa, depois do Passat 76. Quando minha mãe assumiu a fábrica, era comum eu e o meu irmão ficarmos de um a três meses sem vê-la. Meu pai cuidou de nós este tempo todo, e isso durou quase dez anos. Eu tinha treze anos, já sabia manobrar o carro. Passava a tarde na garagem com as ferramentas, desmontando lanternas, acabamentos, limpando, esquentando o motor 2300 movido exclusivamente à gasolina especial (ou azul). Aliás, esse era um grande problema. Seu motor sensível não se adaptava à péssima gasolina comum, e o carro batia pino. Era uma máquina do tempo para mim. Eu sentava ao volante, ligava o som, e voltava às épocas boas que tivemos com ele, em família!

 Em casa. Dourado-SP. Tempos inesquecíveis. Ao fundo o corcel 77.




Camisetas da Duetto. Ganhei várias da concessionária!

Quase perdendo o primeiro dente de leite.

Em 1985, ele foi vendido por um valor irrisório para um conhecido do meu pai. Foi a única vez que eu chorei por causa de um automóvel. Já não bastava ter vendido o Magnum? Agora a Alfa? E ela se foi, com seus 53 mil km rodados. Ficaram o Fusca (que eu não gostava) e o Passat, já bem deteriorado. A Alfa era o testemunho de um tempo muito bom, e estávamos em tempos muito difíceis no meio dos 80s. Raramente tínhamos dinheiro para abastecer o tanque de 100 l de gasolina. O carro ficava meses sem sair, mas sempre na garagem coberta. Foi melhor assim, racionalizando. Lembro que fazíamos lanche aos domingos com pão e manteiga, meu pai estava muito mal financeiramente, e mesmo assim curtíamos muito! Sempre fomos muito felizes, meu pai foi e é um grande pai!

Nunca mais vi meu "Faromeo", ele desapareceu do mapa. Varias vezes pensei em comprar um, mas são carros muito raros e de difícil restauração, já que apodreciam estacionados. O nosso tinha as caixas já com alguns furos. Desisti de qualquer tentativa, mas sempre levarei na memória o meu Alfa Romeo 2300. E tudo que ele representou para nós! Quem sabe um dia...

Abraços!

Luis Vital

Décio F. Vasconcellos

Ou simplesmente dfv.


Ainda hoje visitei minha mãe, que me contou um pouco da história deste homem. A casa da família Vasconcellos era a penúltima casa do quarteirão em que fica até hoje a casa da minha família, na Avenida Indianópolis, Planalto Paulista. Minha mãe pouco se lembra. O Décio era um sujeito rico, casado com uma bela mulher, e parece que não teve filhos. A casa onde meus pais moram é da minha família desde 1956, e foi comprada por acaso. Na verdade meu avô comprara uma casa similar na rua de trás, mas por algum engano ou problema de documentação acabou ficando com a casa da avenida.

Nesta casa morei desde que nasci, e ela está ainda como era em 1956, exceto pelo banheiro e pela cozinha, reformados nos anos 80 e 70 respectivamente. E pela cor. Sempre foi branca com janelas verdes, atualmente é bege com janelas marinho. Lá vivem meus pais e todas as lembranças da minha infância e adolescência. Crescemos ali, eu e meu irmão. No corredor comprido ficaram estacionados todos os carros que já citei no blog e todos que não citei. Lá corríamos, andávamos de bicicleta, brincávamos com os matchbox no quintal, na época imenso para nós dois.

O bairro era tranquilo nos anos 70. Depois, a exploração imobiliária e a prostituição foram degradando os cruzamentos tranqüilos. O Planalto Paulista é um bairro de classe média, com lindas casas, construídas entre os anos 50 e 70. Lembro de ver muitos Dodges parados, nas garagens amplas, e nas ruas calmas e arborizadas. Eu e meu irmão costumávamos a andar de bicicleta com a molecada da rua de trás, a Irerê. Poucas famílias ainda residem na avenida atualmente.



Frente da casa dos meus pais em 2006. Assinada pelo Dodge.
Minha mãe, conversando com a vizinha. Os muros eram baixos. 1976.

Meu irmão e eu, ao fundo. Nosso mundo: o quintal.

 Páscoa de 1975. Fazer o quê... 
 Vestido de coelho, com meu irmão e a Rebecca
Eu e meu irmão com minha mãe, no quarto que dividimos até 2002.
 Eu, bem antes da reforma do banheiro. 1975.
 Meu irmão. Hoje a banheira teria que caber 200 litros.
 Meu primeiro veículo. Nunca vou fazer isso com meus filhos, rsss....
Tempos atuais.

Lembro-me que havia um prédio muito branco e muito bem cuidado. Passávamos a pé em frente, quando meu pai nos levava para comprar revistas ou figurinhas na banca de jornal, ou simplesmente caminhar. Tinha um observatório no seu telhado, um telescópio! Faxineiras limpando o chão, jardim impecável, portões sempre muito bem pintados de cinza prata.  Eu era criança e não tinha a mínima idéia do que era fabricado ali. Quando perguntava, meu pai respondia que era uma fábrica de instrumentos ópticos. Binóculos, lunetas e coisas do gênero. Um amigo do Chrysler Clube do Brasil, que residia na infância exatamente onde fica o prédio que moro hoje, contou-me que a área onde está o prédio da dfv era uma região desabitada nos anos 50, sem iluminação, ideal para observar o céu. Fico imaginando como era, hoje a poluição impede que vejamos muita coisa. Conversando com meu pai, parece que os carburadores foram fabricados aí mesmo, até o ano de 1975 ou 1976, não soube dizer com precisão. Depois passaram a ser feitos em uma planta perto do antigo Café Solúvel.

Pouco sei sobre a vida e o fim da empresa. Até o ano passado ainda havia alguma atividade lá, nada relacionado às origens. Um conhecido, que toma café na mesma padaria que eu, trabalhou lá por mais de 40 anos. Não tem mais nada no prédio. O IPTU do lugar deve ser uma fortuna, já que o prédio ocupa o quarteirão inteiro.

Fazia tempo que eu planejava tirar umas fotos de lá. Não ficaram tão boas, pois a avenida é muito movimentada e eu estava sem tempo para caprichar mais. Mas seguem. Acho pouco provável que o prédio continue lá por muito tempo. E nunca vi registros sobre ele. Pelo menos não encontrei.

 Vista de frente. As árvores cresceram e encobriram a bela fachada.
O observatório. Essa porcaria francesa saiu na foto.
 A entrada principal. Muito depredada.
Entrada lateral. De dentro do Charger.

 Outra vista.

 O carro em frente à fábrica do seu carburador.
 Essa entrada era impecável nos 70s.
Vista da frente.
 Vista da frente. Se não fosse o estado do prédio, diria que é 1976.
 Vista do observatório.

Mais uma do observatório.

 Se pudesse, teria uma casa com esses portões. E montaria uma filial do Museu Dodge no prédio, rsss...

Abraços!

Luis Vital