sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Charger R/T 1974 Vermelho Índio e Avallone Chrysler do filme do Roberto

Quem me conhece sabe que esse é o meu número em carro. Como não acho um igual ou que seja do meu gosto (não precise de reforma) eu me acomodei com os 3 Dodge que tenho.


Já faz alguns anos que conheci o Antônio Apuzzo, proprietário da Automodelli. E fico cada dia mais impressionado com a qualidade das miniaturas 1/43 que ele vem criando dos clássicos nacionais. Hoje fui buscar uma encomenda que fiz através do meu amigo Rui Gatti. E fiquei espantado com o nível do trabalho. Conheci o Mauro também, que junto com o Apuzzo, transforma resina e metal no objeto de desejo de crianças grandes.

Na hora que vi o Avallone do filme do Roberto Carlos (que estreou há exatos 40 anos, em 24/12/71), tive "vontade de sair correndo a 300km/h!", como diria a Luciana.

Seguem umas fotos dos dois primeiros carros entregues a mim. O Charger R/T é cópia do carro meu avô. Tem plaqueta com chassi, licença da época, interior muito bem feito. E Certificado. Lindo mesmo.

O Avallone Chrysler é do filme do Roberto Carlos. E ficou muito bom.










Ainda receberei o R/T 76 e a Alfa 75. Tudo personalizado, com nome do proprietário, placa, etc...

O site da Automodelli é:

www.automodelli.com.br

Se não dá para ter aquele carro tão procurado, o Apuzzo e o Mauro resolvem. Fazem a réplica para você. E o preço é bem honesto, dá um trabalho enorme para fazer, pois todo o processo é artesanal.

Fiquei impressionado ao ver as carroçarias dos Charger R/T 71, 72, 73 e 77 branco com vinho. Perfeito.

Aos poucos vou fazer uma coleção dos oito Chargers R/T nacionais (ainda não está feita a carroçaria 79).



Feliz Natal e um excelente 2012 a todos!

Luis Vital

sábado, 17 de dezembro de 2011

Dodge Dart Coupé de Luxo 1973 - W2 - E as obras continuam!

Da semana passada para cá eu ponderei bastante e resolvi não vender a perua Corcel Belina. Troquei os pneus por quatro novinhos e amanhã vou testar o comportamento dela na estrada. Provavelmente teremos que trocar os rolamentos dianteiros depois.

hoje cedo fui visitar o Dart, 2 meses depois do último post. E tive uma bela surpresa! Está ficando zero! A pintura não está pronta, mas está evoluindo muito bem! Laterais lisas, como todo Dart deve ter. Se comprarmos com as fotos do carro antes de desmontar, perceberemos como esse branco é mais claro. Não tem aquele tom amarelado do anterior.

As rodas serão estas mesmas. O que gastaria para ficar inventando a moda posso usar para meu futuro e último projeto, um R/T 74.

Vejam as fotos!

Abraços!






quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Viajando para casa.

Eu nasci em Dourado, faz exatos 40 anos essa semana. E o motivo de eu nascer lá é muito simples de entender, quando explicado. Na verdade nunca morei lá. No início do século XX meus bisavós, recém chegados do Líbano, começaram suas vidas aqui no Brasil. E escolheram a pequena cidade. clima agradável e excelente localização geográfica. Nasci no hospital construído por meu avô. Como a casa que abriga o hospital foi do meu bisavô, vim ao mundo na mesma casa na qual meu avô nasceu, 60 anos antes. Incrível, não?

Não conheci o meu bisavô, Cesario Maluf. Mas minha bisavó faleceu com bastante idade, em 1981. E era muito legal ouvir as histórias da família contadas por ela, com aquele sotaque peculiar dos imigrantes libaneses.

Mas falarei mais sobre a história da minha família em outro post. Neste dedicarei alguns parágrafos para Dourado, minha cidade. 

Temos uma relação nostálgica com Dourado. Meu avô foi prefeito duas vezes nesta cidade. Construiu hospital, uma fábrica, escola, e interferiu junto ao governador para acelerar a pavimentação da rodovia. Posso dizer que lá passei os melhores anos da minha infância, nas longas férias com meus avós. A ansiedade para chegar o dia de viajar para Dourado era muito grande. Lembro-me da minha mãe carregando o Alfa Romeo para a viagem, que durava algo em torno de quatro horas na época. Ainda muito criança, lembro-me do odômetro parcial (claro que eu não sabia que esse era o nome daqueles números no velocímetro) marcando a distância percorrida.... a viagem não acabava nunca.

Anos depois meus avós se foram, minha mãe assumiu a fábrica e ficou a frente dos negócios por vinte anos, até que não foi mais possível continuar. Pegamos um certo desgosto pelo lugar. Minha mãe nunca mais sequer voltou lá. E não pretende em vida.

Eu, minha mãe e meu irmão.


Eu, brincando com a água da chuva.

 A casa, em 1973.
 eu com meu pai.
 Eu, com minha avó.
Minha mãe em frente a casa. Vejam as marcas dos diagonais na areia.


Eu mesmo fiquei mais de cinco anos sem pisar na cidade. Há pouco tempo fiz as pazes com o lugar. Quando vou, lembro-me do que foi bom e deixo as mágoas para trás. 

Uma das minhas metas é pelo menos manter a casa do meu avô, que está a mesma desde 1980. A fábrica já foi desapropriada e eu não pretendo entrar na briga para recuperar, pois o custo é muito alto e a vida é para frente. Nunca para trás. Acreditem, demorei muito para aceitar isso.

Esse post não fala de nenhum carro. Mas todos estes que já citei no blog ficavam estacionados por ali, enquanto eu e meu irmão crescíamos. Essa imagem é que guardo. Meu avô buzinando, entrando com o R/T na garagem. A F-100 parada em frente nossa casa. A Alfa estacionada perto da janela do escritório.

Bom, seguem umas fotos do feriado de 15 de novembro último. A capela tem uma história peculiar, foi construída em homenagem aos mortos que ficavam num pequeno cemitério no terreno da fábrica, no início do século XX. Assustador, não?

abraços a todos.

 Hospital construído pelo meu avô. A casa era da minha família. Nasci no mesmo quarto que o meu avô nasceu.
 Outra vista.
Essa ambulância tem 25 anos. Quem se habilita?
 Prédio da fábrica. Fechado desde 2001.
 Capela construída por meu avô, ao lado da nossa casa.
 Obra mal feita. A prefeitura desapropriou e está correndo um processo.
A nossa casa, como sempre foi. Basta imaginar os carros estacionados.





quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Made in USA. Ou será Japão? Coréia?

Em novembro último fui a trabalho para New York, foi minha primeira visita à Big Apple. Como sempre, e para desespero da minha mulher e dos meus amigos, esse doente que vos escreve ficou reparando nos carros.

Esperava ver outro cenário, mas o que temos nas largas ruas são Suburban e seus derivados (Cadillac ou GMC), Lincoln Town Car e seu irmão pobre, o Crown Victoria. O resto são carros japoneses, alguns coreanos e muitas minivans.

No primeiro dia alugamos uma minivan Chrysler e me apaixonei pelo carro, apesar de ser um modelo de entrada, bancos em tecido, tração dianteira. Fato que deu trabalho, pois pegamos neve  me lembrei da propaganda: "Without all WD, is the end of the world. With Dodge AWD, it's just snow!˜.

A ilha de Manhattan é demais, gostei muito e se tivesse que mudar para lá por uns tempos eu iria fácil. Mas por uns tempos apenas. Minha mulher costuma ir regularmente a trabalho, mas é caro demais ir na Pessoa Física e acabo ficando aqui em SP. Ainda mais que viajar de econômica com 2 metros de altura é uma tortura razoável.

O ponto é que os carros americanos não fazem parte da cena. Na volta chamei uma limosine para o JFK. Qual era o carro? Uma Suburban. Fantástica, com teto solar, motor V8 , mas é mais do mesmo. barulho de plástico, espaço mal distribuído.... Pela bagatela de 60 mil dólares americanos. Vi a nota, o motorista e proprietário é um brasileiro. Contou-me que o Town Car não fabrica mais. Muitos carros de luxo estão sendo substituídos pelas grandes SUVs. E os tradicionais cabs por Ford Escape e por peruas Toyota. O fato é que não é necessário ter carro em NY. Estacionamento custa uns 500 dólares por mês... Seguro... Impostos... Mas lá, diferente daqui, o transporte público tem capilaridade, diferente do nosso Metrô, apesar deste ser mais moderno, mais limpo e mais organizado. Acreditem, estamos saindo do terceiro mundo (ou pensamos que estamos)! E Taxi lá é muito barato, diferente daqui, onde uma corrida do meu trabalho até em casa custa perto de cinquenta Reais. Ou seja, trabalhar de Taxi me custaria cem Reais por dia ou dois mil e duzentos por mês. De Metrô custa seis Reais por dia. De carro custa dez Reais de combustível (sem levar em conta o custo do carro, claro) e mais uma dose de paciência no trânsito. Concluindo, quase sempre vou trabalhar de Metrô.  E em NY é muito mais fácil, dada a capilaridade. Enfim, temos muito o que evoluir.

Fiz questão de pegar um taxi Crown Victoria... Acho que um dos últimos representantes do estilo americano puro. V8, câmbio automático na coluna, muito macio. Andei numa Escape também, uma Ecoesport melhorada. Odiei.

Mas esse cenário é peculiar à NY. As pessoas na sua maioria não ligam para carro. É um eletrodoméstico barato de se comprar, caro de se manter.

Vi um antigo apenas, um T-Bird 1966. E alguns low riders. Que, aliás, deram um show a parte no dia do Halloween em Times Square. Vi alguns Charger R/T, um ou outro Muscle Car novo. E quase nada de Hyundai, diferente do que é dito nas propagandas da marca coreana aqui no Brasil.

Falando em Hyundai, ainda resisto bravamente. O mais perto que estou dos carros asiáticos são os meus dois Hondas mexicanos, que não dão trabalho. E para por aí.



Seguem umas fotos. Lugar fantástico.

abçs.









segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Os Heróis de Araxá

De um tempo para cá um sujeito muito gente boa tem me escrito perguntando alguns detalhes sobre Dodge Magnum. Eu nem conheço tanto assim, mas ajudo no que posso.

Ele montou um blog bem legal. Mas o que mais chama a atenção é a coragem. Quando vi o estado inicial dos dois Magnum de Araxá logo pensei, estes caras são heróis. Haja coragem para começar um trabalho destes.

E está ficando muito bom, vejam o antes e o depois.

O dono do cinza é o Roberto, o sumatra é de um amigo dele.Claro que perguntei o chassi, mas é da casa dos 90 mil.

Mais dois carros 79 salvos do machado.

Parabéns!

Mais em: http://dodgearaxa.blogspot.com/

Cinza Báltico:




Marrom:


domingo, 11 de dezembro de 2011

A (provável) última viagem da Belina 84 GL

A maior sorte que um garoto pode ter é chegar aos 40 anos e ainda ter seu pai com saúde. Eu tenho essa sorte. Meu pai foi o cara que sempre me impulsionou para frente. Andou de Fusca a vida todas mas sempre pagou as melhores escolas para seus filhos. Privou-se de quase tudo. Não viajou, não conheceu lugares, não teve bons carros e nunca se deu nenhum luxo.

Mas, todos os dias, acordava a mim e ao meu irmão, nos dava café da manhã e depois nos levava para o Augusto Laranja, colégio de classe média alta daqui de São Paulo. Nunca precisei pegar um ônibus para ir à escola, mesmo quando aluno da Politécnica, homem feito. Lá estava ele, com seu incansável Fusca, a me esperar no final da aula da 18:30, até me dar meu Gol 90, já comentado aqui no blog.

O ano 2000 foi um ano muito difícil para minha família. Lembro que meu pai levava conhecidos com seu Fusca e ganhava algum dinheiro, uma situação muito ruim mesmo. Eu estava no começo de carreira, ganhava pouco, e meu irmão sobrevivia nos últimos suspiros da fábrica. Em umas destas o carro foi roubado, o que causou uma grande tristeza. O VW já estava em péssimo estado, 400 mil km, muita ferrugem. Mas era o carro do meu pai.

Alguns meses depois, chego em casa do trabalho e abro a porta da garagem. Uma cena indescritível. Traseira arreada, faróis quebrados e cheios de terra, sem cor e com um enorme podre no para-lama direito. Vazamentos... Lá estava ela. Meu pai logo disse:"Seu tio me deu.".

Lembro-me muito bem do lançamento deste carro, em 1977. Eu tinha 6 anos e meu pai trouxe um Corcel branco da frota da Ford, ainda pré produção. Claro que chamava muito a atenção. O carro era lindo. Mas o motor.... Aqule 1,4l era muito fraco para um carro tão grande. A primeira perua veio para casa logo em seguida, uma vermelha básica. Era a sensação na vizinhança.

A chegada deste velho carro foi uma grande diversão. Com muitas prestações no mecânico e no pintor, levantamos o carro. Foram tantas coisas feitas nestes doze anos que praticamente o carro ficou novo, dentro do possível. O carro foi comprado diretamente na Ford quando meu tio e meu pai trabalhavam lá, ou seja, conhecida desde nova. Ainda tem seus manuais intactos.

Não é um carro empolgante, é pouco colecionável, e nem é tão bonito. Mas nos serviu bastante, foram 47 mil km rodados desde que ela chegou.

Enfim, chegou o momento de encostá-la. Na semana passada ela não pegava. O mecânico arrumou mas ficou péssima. Quinze dias no Mário, um excelente conhecedor de carburadores, e ela saiu como nova. Um  Weber novo, tampa de distribuidor, rotor, alternador revisado e pronto. E, claro, mil Reais a menos no bolso. A suspensão fiz o ano passado, tudo novo e original. Radiador novo.

A parte legal é conseguir retribuir. Ontem, depois de muita avaliação com minha esposa, resolvi dar um carro de presente para meu pai. Ou melhor, devolver um pouco do que ele fez por mim.

Escolhi o carro, comprei, e depois, sem contar nada, levei-o para conhecer seu futuro carro, e foi muito bacana. Ele ainda não acredita que vai ter um carro 0 km depois de 32 anos. E um carrinho bem legal! O modelo de entrada do Clio tem mais acessórios, potência e conforto que o Corcel GL 84.

E hoje cedo fizemos a provável última viagem da Belina conosco, pois ela será posta a venda. E como ficou boa! Incrivelmente ágil, estável e econômica. Mas a decisão está tomada e é uma questão de tempo para ela ir embora. Claro que não tenho pressa, e isso pode levar mais 10 anos.

Seguem umas fotos.



 Meu pai, e seu novo carro. Depois de 32 anos.

O R/T queimando pódium na garagem, já que não saiu para passear.
Uma série de fotos da belina.


Ela é GL. Mas quem disse que eu encontro o logotipo....
Adesivo da Poli, tempos do mestrado, ano 2000.
Interior monocromático original.

117 mil km originais.








Cofre ainda com adesivos Motorcraft.


Besteira feita no passado. Retirar o Philco FM e colocar um CD.



Tem seu charme dos 80's.