O reencontro com o Magnum

Ontem, depois de 4 meses, a revisão do Magnum terminou. Fui busca-lo pela manhã, estava garoando, tempo ruim. Pedi para o meu pai ir comigo, e depois voltar dirigindo o meu carro de uso. No começo fiquei um pouco decepcionado com o que vi. O carro estava muito sujo, a pintura com marcas, e fiquei imaginando como iria fazer para pintar o carro parcialmente, que era a idéia inicial. Meu Deus, acho que vai ficar horrível! A pintura não vai bater. Meu amigo Daniel enfatizando: "Não mexa no carro!". O Lincoln, outro amigo bem conhecido no meio dos donos de Dodge, não apenas pelos seus R/Ts zero, mas também pelo conhecimento, falou que ia ser uma tremenda de uma burrada.

Fiquei desanimado. No caminho para casa, subindo uma rua, o Magnum morreu. Sujeira na agulha. Fui buscar novamente o Daniel, que arrumou tudo muito rápido. Quem sabe, sabe! colocou mais um filtro de gasolina. O tanque do carro não foi lavado, e espero que não precise. Todo carro antigo, depois de muitas trocas de peça, pode dar algum problema. Eu gosto de trocar tudo. Dependendo, até fazer o motor. Mas não era o caso e o dinheiro está curto. Vale ressaltar o serviço impecável que o Daniel fez no carro! O cofre é uma máquina do tempo! Voltei a 1979! E a suspensão ficou fantástica.

Levei o carro imundo para casa, pensando se deveria ter comprado mais um Dodge. São três carros, guardados no prédio que moro! Querendo ou não, a logística é difícil. Arrumar vagas, garantir que o local não ofereça risco, uma série de chateações que uma casa grande ou um galpão resolveria.

Enfim, fui almoçar e depois à maternidade, visitar a filha de um amigo meu. Esqueci o assunto. Ter carro antigo é muito legal, mas exige paciência. A semana havia sido pesada no trabalho, e eu estava um pouco estressado com outros problemas e acabei curtindo menos do que poderia.

Na sua nova vaga.

Essas lanternas.... Huuummmm...

Do lado do irmão mais velho, sob capa. Ainda não postei sobre ele.

Na volta, pensei comigo mesmo. Procurei o carro por muitos anos. Eu e ele vamos nos acertar. Guardei meu carro de uso, que apesar de grande, é 50 cm menos longo que o Dodge. Liguei o Magnum e levei-o para lavar. O carro estava um pouco estranho, mas foi. Após a lavagem, o carro apareceu de novo. Como ficou bonito! Seus defeitos praticamente sumiram, pois o carro é cinza.  Vale lembrar que eu nunca vira o carro limpo. Comprei o carro, embarquei-o, e foi entregue na oficina. Pude ver como está a pintura, e tomei uma decisão de não pintar o carro. Afinal, é um carro original, pintura Chrysler. E assim deve ficar. Comecei a acelera-lo, levei-o para o Vinícius ver. O Vinícius está com a pata direita quebrada, então ficou só babando e não dirigiu.

Enfim, o carro está começando a se soltar. Ficou muito tempo sem uso e a revisão foi pesada. Hoje levei o carro andar. Coloquei aditivo no óleo. Ainda precisaremos fazer alguns ajustes, aí é ter paciência. O meu Dodge 76 (sob a capa) também levou tempo para ser ajustado, e hoje é incrivelmente bom de se dirigir. Se bem que em maciez, não bate o Magnum. Seguem umas fotos que acabei de tirar no Planalto Paulista, meu bairro de infância.

Depois de vê-lo limpo desisti de retoca-lo, e fiz as pazes com o carro! É um carro muito íntegro, original e intocado. Maravilhoso testemunho de época.  Em breve vai para a funilaria para arrumar as caixas, com corrosão. Não tem jeito, ferrugem deve ser tratada.

Falando um pouco sobre Emoção 79, são carros bem construídos. Carpete no porta malas, silêncio no habitáculo, suspensão macia, painel com iluminação na máscara, conjunto de ar condicionado melhor. Freios? Achei que meu 76 estava sem ao manobra-lo. O hidrovácuo é maior no 79. E os faróis bi-iodo iluminam a noite como se fosse um carro atual. Com o 76 fica difícil, com seus faróis GE selados. Incrível como sofisticaram tanto um carro tão desatualizado em 79. Bons engenheiros, excelente departamento de estilo.

Voltando ao Magnum, a parte mais legal foi parar na porta da casa dos meus pais, e ligar para minha mãe abrir o portão para mim. A cena foi bacana, não dá para descrever...

abraços!

Vital