sábado, 12 de março de 2011

O Le Baron 1979 Branco com interior marrom C091411

Na última postagem comentei sobre o Magnum e sobre como fiz amigos através dos carros antigos. Lembro que em 2006, quando comprei meu primeiro Dodge, andava com ele o tempo que era possível. rodei algo em torno de 4 mil quilômetros nos quase dois anos que usei o carro antes de desmontar. Ia ao trabalho pelo menos umas três vezes por semana com ele. A empresa possui uma imensa garagem subterrânea, e era muito engraçada a reação das pessoas. Poucos sabem o que é um Dart, pelo menos fora do mundo dos entusiastas. O último carro saiu da linha há quase 30 anos. Quem tem menos de trinta ( e não é apaixonado por carros!) nem sabe o que é. Enfim, a passagem do carro causava muitos torcicolos no pessoal. Uma vez me lembro de ter parado o carro para um funcionário passar. ele não se mexeu, e ainda pediu para que eu passasse com o Dart, pois ele queria ver o carro desfilando.

Certa vez, passando pelo túnel da garagem, um sujeito gordinho e careca berrou que tinha dois Dodges. Pisei no freio e conheci um outro grande amigo meu. O Vinícius tem Dodge desde os anos 80, e viu desde a decadência até o ressurgimento do carro como colecionável. Nem preciso mencionar que ele conhece muito e me ajudou muito com o carro. É dono também de um dos últimos Le Barons fabricados, 0 92.998. Plaqueta VW, branco paina.

Não ia postar nada mais hoje, mas encontrei o Vinícius também. O Carlão cedo, ele a tarde. Ele estava num lava rápido de motocicletas, perto de casa.

Já contei anteriormente que meu Dart sempre me deu alegrias e muitas dores de cabeça. Em 2007 fui ao Mopar Nationals com o carro. Minha mulher levou as crianças no carro dela, e eu fui de Dart com um outro amigo que nem de carros gosta, mas foi junto apenas pela diversão. Na volta, na Avenida dos Bandeirantes, o carro morreu e não pegou nunca mais. duas horas depois consegui achar um guincho. Aí é que entra o Vinícius na história. Liguei para ele, contei o que aconteceu e que o guincho estava a caminho. Meu outro amigo aguentou  as duas horas debaixo do sol quente.
O Dart no único Mopar Nats que participou

Calmamente ele falou para cancelar o guincho e esperar, que ele chegaria rápido. Lá vem o gordinho de moto, com suas ferramentas. Enfim o carro funcionou, mas o motor já estava ruim, óleo sujando velas, etc... Resolvi fazer o motor na oficina de um amigo dele, muito bom por sinal, e resolvi desmontar o carro.

Bom, o motor ficou pronto. Como testa-lo? Daí que entra o Le Baron 79. Esse carro foi comprado em Minas Gerais no início dos anos 2000. O carro não tinha motor e nem caixa, e é automático de plaqueta. Veio de carreta, a idéia era desmanchar o carro para utilizar as peças no outro Le Baron. Quando o carro chegou, o dono ficou com dó de desmanchar um carro tão íntegro que acabou comprando um outro Dodge condenado para doar o power train para o Le Baron.

Passou o tempo, o carro ficou mais de um ano num terreno, por falta de espaço. Resolvemos colocar o motor nele. Assim testaria o motor e teria um dodge para andar durante a reforma. no final das contas, fiquei com o Le Baron por 3 anos. Que delícia de andar! O carro é muito diferente dos duas portas, muito mais estável. E apesar de ter muita ferrugem, o interior dele era zero. Muito melhor do que muitos Le Barons anunciados por aí.

Após instalarem o motor, fui buscar o carro. Passei em casa para levar meu irmão dar uma volta. Estávamos andando tranquilamente. Volante desalinhado, frisos pulando, um imenso buraco na coluna C. Mas ainda era um dodge. E com motor zero e muito forte! De repente meu irmão dá um pulo. Formigas por todo o assoalho! Daquelas pretas! Paramos no mercado e compramos Baygon para dedetizar o dodge, que cena... No dia seguinte mandei lavar completo no posto. Nunca lavo meus Dodges, mas esse precisou. Eu e meu irmão limpamos muito o carro, que melhorou de aparência.

As fotos abaixo mostram a cirurgia de transplante do coração, bem como o estado deplorável do carro. O motor foi para 0,20 e aumentou-se a taxa de compressão. Não preciso dizer que esse carro estava andando muito.

Hoje recebi a notícia que ele foi totalmente desmontado para reforma, o que me deixou contente. São poucos os Le Barons sobreviventes, até porque a produção foi pequena. Em breve o motor volta para o meu Dart. Esse carro é especial para mim porque foi o primeiro Dodge dos meus filhos. O primeiro passeio. Incrível como eles se sentiam em casa no banco traseiro, nas fotos eles tinham apenas dois anos e mal falavam. Choravam quando anunciava que estava na hora de guardar o carro, imitavam o barulho do motor, ... Enfim, curtiram o primeiro Dodge.








Depois de quase quebrar o braço encerando, o carro na minha garagem.
Até que ficou muito charmoso! Classe ele tem!



Que confortável!

Dá até sono!

estofado impecável
"É meu!", dizia meu filho.


abraços

Vital

19 comentários:

  1. Vital. O interior do LeBaron é novo mesmo,hein? Gostei da historia das formigas. Tenho uma boa de inquilinos que vou contar em uma postagem minha. Abraço

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  2. O interior é muito bom, e o Vinícius tem muitas peças de Le Baron que ele acumulou em mais de vinte anos. Entre elas, bastante peças de acabamento. Tem também dois volantes de madeira de Charger. Rodas Magnum, frisos, ... Falta acabar o carro e deixar zero.

    Grande abraço e aguardo a postagem dos inquilinos!

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  3. Muito bom o blog heim!!!!!!!!Já to seguindo ..
    Já esta nos favoritos, muito legal a historia do rt 74 indio estou torcendo para que este carro estejá bem guardado e vc ache ele logo!
    Adoro corcelzinho gt meu pai teve um 75 vermelho desde zero, só que teve um fim não muito digno.
    Meu pai usava ele para transportar material da serralheria ia buscar barras de aço no teto , chegava até afundar de tanto peso ai as colunas começaram a quebras as longarinas tbem e já estava muito podre ai meu pai me obrigou a cortar ele pois sabia que se desse sopa eu ia pegar o carro!
    Até mais!

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  4. Caro Fabrício, obrigado pelo comentário, que bom que gostou das histórias! Meu pai teve um Gt 75 em seguida, na cor branca. Era um carro da frota da Ford, inclusive segundo ele o carro foi emprestado para fazer umas fotos para propaganda, mas ele não lembra mais qual. Estou juntando material para falar deste e de mais 2 corcéis que meu pai teve até se demitir da Ford na sua primeira fase na companhia: dois Luxo, um vermelho 76 e um preto 77.

    Esses carrinhos sumiram também, e ainda são relativamente baratos, eu ainda pretendo comprar um. Quanto ao seu Dart e ao sonho de ter um R/T, não desista nem do Dart e nem do sonho. Eu nem imaginava ter um R/T, e quando menos esperava apareceu um carro lindo e de uma maneira que pude pagar, ainda contarei sobre ele aqui.

    Grande abraço e obrigado pelo comentário!

    Vital

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  5. Vital me passa tel mail tenho umas fotos do corcelzinho se quizer te mando!
    fabriciodart@hotmail.com

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  6. Vital, olha só a coincidência: o nosso Dart Sumatra é C091429, bem pertinho de chassi com esse Le Baron, e o fato dele ter sido automático só vem a somar a idéia de que provavelmente a caixa e o diferencial vieram no mesmo navio, novinhos em folha, e talvez esses dois Dodges tenham passado seus primeiros dias de vida no mesmo pátio...
    Loucura, não ???
    Esse Le Baron foi pra Minas Gerais, o Dart veio pro RS...

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  7. Marião, muito próximo mesmo! E esse carro escapou do machado por pouco. Já está desmontado, mas confesso (pelo menos para mim) que o trabalho é grande!

    Loucura mesmo....

    Forte abraço e obrigado pelo comentário! E o blog do Nosso ? Quando teremos update?

    Vital

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  8. Que dois moleques figura os teus !! kkkkk

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  9. Badola, você não viu hoje, rsss... Imagine soltar estes dois dentro do Museu, kkkkk !!!! Falei que ia tirar o barulho de escapamento do Dart, e o dono dele protestou (o de cinza)!

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  10. Ola Luis,

    Pela primeira vez tava lendo seu blog !!! Parabéns, realmente bem bacana as historias !!! Eu acho que conheço este Baron de chassi alto do seu amigo Vinícius... por um acaso o mecanico dele não é o Alaor do Riacho ??? E esse Baron não ficou com o Alaor por muito tempo ??? Se for, ja andei algumas vezes nesse carro com o Alaor, ele também é meu mecanico e amigo !!!

    Abraço

    Edu Coxinha

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  11. Caro Edu, o Alaor é quem fez o motor do carro, por sinal muito bem. Ele é um excelente mecânico e um cara muito honesto! Esse Le Baron ficou com ele, porém parado. Quando o motor ficou pronto instalamos nele. O que ele tem usado bastante é o 92998, que teve seu motor retificado. Os dois carros tem Controlar aprovado!

    Obrigado pelo comentário em relação às histórias. Escrevo-as para minha família e para todos os amigos que queiram ler. As vezes tem coisas pouco interessantes pois falo pouco dos carros, depende do gosto do leitor.

    Vou comentar com o Vinicius, ele é um grande amigo! Vamos marcar uma feijoada no Riacho qualquer dia desses. Se bem que acho que agente se conhece já, você não se lembra.

    Grande abraço!

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  12. Sério Luis ??? De onde vc lembra de mim ??? Pode até ser la do Riacho, a oficina do Alaor sempre vive cheia de amigos !!! principalmente nos sabados com a clássica feijoada do restaurante amarelo de esquina kkkkkkk !!! Ou pode ser tb do encontro da Fundação Santo André, ultimamente to meio sumido de la, mas por varios meses seguidos não perdi nenhum, afinal esperei mais de 20 anos pra poder ter meu primeiro e unico dodge até hoje, depois que consegui tinha mais que aproveitar os encontros rsrsrsr...

    Vamos marcar sim !! To devendo uma visita pro véio Alaor, voltei do Mexico a trabalho a duas semanas e trouxe uma tequila debaixo do braço pra ele, a gente marca o almoço e eu aproveito pra levar a tequila do Alaor !! hehehe !!!

    Abraço

    Edu

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  13. Edu, acho que do Riacho mesmo, mas não tenho certeza. Liguei para o Vinícius para comentar com ele e parece que é isso. Qual é o seu dodge? Quanto à feijoada, ela é famosa! Eu acabo saindo menos nos finais de semana para dedicar mais tempo aos meus fihos e tenho ido pouco ao Riacho. Encontors de carro eu participo muito pouco.

    Vamos marcar sim, preciso ir lá à oficina do Cabeludo mesmo!

    Abraços!

    Vital

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  14. Cabeludo ??? kkkkkkk !!! Faz tempo que vc não ve o Alaor mesmo !!! ele cortou o cabelo faz tempo ja !! hahahaha !!!

    Eu sei bem como é... tenho 2 filhos também, 1 de 6 anos e outro de 1 ano e 3 meses, pra conseguir uma brecha pra ir nos churrascos la na oficina é complicado... kkkkkkkk !!! Na Fundação é mais facil porque saio cedo, antes das crianças acordarem, na verdade eu acordo elas tirando o dodge da garatem !! kkkk

    Então eu tenho um Gran Sedan 1977 castanho araguaia, esse carro era de um amigo do Alaor, o Jean, comprei dele em 2009. O próprio Vinicius eu não conheço, o Alaor sempre fala dele mas nunca o conheci pessoalmente.

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  15. Edu, não perdeu muito em não conhecer o tranqueira do gordinho, kkkkk!

    Brincadeiras a parte, ele é um grande amigo! Então, você estava vendendo esse carro uma época? É um GS com vinil original, rodas pretas? Acho que nos falamos no Mopar, seu carro é muito legal, eu tenho um Charger da cor do teu carro! Vou falar dele aqui, em breve! Mas vai ser o ponto alto do blog, depois acabou, rsss....

    Forte abraço!

    Vital

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  16. é esse mesmo !!! castanho araguaia com vinil original e rodas pretas muito mal pintadas com spray colorgin e argolas !!! kkkkkk !!! Cara, falei com tanta gente no Mopar que as vezes tento lembrar de todo mundo e não consigo !!! Me escreve direto no email que a comunicação fica mais facil que pelo blog !! kkkkkk !!! Assim da pra gente trocar umas fotos dos carros e dos eventos, tenho foto pra kct aqui !!!! E quem sabe a gente não agita umas fotos dos dois castanhos araguaia juntos la no Riacho hein ??

    Abraço

    Edu

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  17. Que burro e idiota eu sou, agora que vi que não coloquei meu email na ultima mensagem, 2 dias depois kkkkkkkkkkk !! Anota ai: "gransedan1977@gmail.com"

    Abraço

    Edu

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  18. Caro, não nos conhecemos(creio eu) mas achei muito bacanas as suas histórias. O Vinícius eu já conheço faz algum tempo, sujeito muito bacana ele. Tenho Dodges há muitos anos mesmo, coisa dos anos 70. Já passaram vários pela minha mão(16) e hoje estou com um Magnum 79.
    Um grande abraço
    Mauricio
    imack@ig.com.br

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  19. Caro Maurício, pode ser que nos conheçamos, esse mundo é pequeno, são poucos Dodges, rsss... Obrigado pelo comentário sobre as minhas histórias. Escrevo-as para meus amigos e minha família, fico contente que tenha gostado! Grande abraço! Vital

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