domingo, 29 de maio de 2011

Aproveitando o dia.

Hoje acordei determinado a andar de Magnum. O carro ficou bom, mas é sempre bom por os carros para rodarem. O pedal da embreagem está rangendo um pouco, fica na lista de pendências para resolver. Ar condicionado gelando, desde que comprei o carro essa foi a primeira vez.

É incrível como a linha 79 é mais macia e responde diferente aos modelos anteriores. Meu 73 é um carro duro, se comparado ao 76. E o 79 é o mais confortável de todos.

Mandei lavar o carro, seguem umas fotos do passeio de hoje.

abraços!

Vital




sábado, 28 de maio de 2011

Ele voltou!

Depois de quase dois meses na Laranja Mecânica, o Magnum voltou para casa. E está muito bom de andar!

Recebeu bomba de gasolina nova, molas traseiras calibradas, aperto geral na suspensão e alguns acertos menores, como tirar barulhos de acabamento e trocar as buzinas. Infelizmente coloquei buzinas modernas escondidas, não quis comprar buzinas velhas a preço de ouro para substituir as originais, que permaneceram no lugar.

Provavelmente será com ele que irei ao Mopar Nats deste ano. Cada vez mais estou decidido que não pintarei este carro, uma vez que, apesar de gasto e com pontos de ferrugem na caixa, o carro é todo original.



Segue uma foto dele hoje, fazendo pose para o ir ao Mopar em agosto. Só errei o lado da inclinação, kkkk! Hoje descobri que a foto é de um Le Baron que é ou foi do Badola.

abraços!

Vital

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Ford Landau azul clássico 1982 - parte 1

Eu já falei aqui no blog sobre o meu amigo Carlos Angi, o Carlão. Ele possui o Galaxie 500 mais zero que eu já vi ou que talvez exista. O carro nunca foi restaurado ou sequer pintado. Ostenta detalhes únicos como o adesivo no vigia: "Ford Galaxie: feito no Brasil por Brasileiros", adesivos no para brisas e o logotipo do revendedor Ford. O carro é muito original, na cor branca com o interior vermelho. Tudo 1967. A única coisa que não pertence ao carro é o motor 292, doado por um caminhão Ford. O seu 272 aguarda retífica. Mas tudo foi feito e dado acabamento tal qual o original.

O post não é apenas para falar deste carro magnífico, mas para contar um negócio totalmente feito na emoção e do qual me arrependo muito. A compra do Ford Landau 1982.

Em 2009, o 500 branco recebeu o seu motor 292 retificado. Era uma noite fria de outono, um sábado. O Carlão me liga para irmos testar o carro. O teste foi somente uma viajem de ida e volta para Taubaté. Num carro 1967. O 500 flutuava pelo asfalto liso da rodovia, e dormi no banco de trás um dos melhores sonos da minha vida. como esse carro é confortável e macio! Não faz um barulho sequer, e seus bancos convidam ao sono. Fui e voltei de Taubaté num ronco profundo. Só me lembro da parada na Polícia, o guarda queria ver o carro, lógico. Esse carro é sensacional e espero que seja sempre do Carlão. Tive a honra de dirigir e acredito que seja um dos poucos, o Carlão adora esse carro. E tem razão para isso.

Essa viagem colocou na minha cabeça um desejo antigo, o de ter um LTD até 1975, eu adoro os carros com farol trapézio, como são conhecidos os carros de 73 a 75.

Meus problemas começaram por aí. Abaixo, fotos da viagem. O Carlão é essa figura simpática e sorridente. Sem sombra de dúvida um grande amigo. Vejam o exemplar do livro do Badolato, presenteei o Carlão para que ele tivesse uma boa leitura, rsss...

Continua....


O Carlão e seu 500.

Apagamos tudo e tiramos essa foto sem flash.















domingo, 22 de maio de 2011

Passeando de Charger R/T hoje - O aparelho de som dos meus pais

Como faço todos os domingos, passeio com os meus carros. Em especial o ponto alto é andar no meu R/T. Esse carro dispensa comentários de quão bom é dirigi-lo. Pega rápido, silencioso, clássico. Enfim, não tirei fotos do passeio porque não ficariam diferentes daquilo que já postei sobre ele.

Motor quente, pronto para sair do subsolo

Em 1978 meu pai saiu da Ford do Brasil após dez anos fantásticos, e foi trabalhar na empresa do meu avô. Neste ano também morreu minha avó, o que foi um baque para todos, principalmente para o meu avô. Não falerei muito sobre isso neste post, dedicarei um para este fato. O ponto é que minha mãe ganhou de presente estes aparelho de som da foto. Não preciso falar que era algo indescritível em 1978. Tape Deck Akai, receiver, mixer, caixas acútsticas.... Era algo único. Essa foto é do início dos anos noventa, já tinha um toca discos tangencial e um CD player acoplados.

Minha querida mãe, início dos 90. O aparelho de som, já com 14 ou 15 anos

Eu adoro essa aparelhagem, faz anos que ela não funciona, mas está lá, igual está na foto. O que me chama a atenção é como tudo hoje é descartável. E compacto. Esse móvel foi feito especialmente para acondicionar os módulos. Tudo isso não faz mais o mínimo sentido hoje. Com 300 dólares americanos você compra caixas Boose e acopla um Ipod. Mas sem nenhum charme. E sem 10% da potência. 

Bom, voltando ao passeio, encostei o R/T no posto para calibrar os W-Oval, dada a baixa temperatura, estavam um pouco baixos. Quando vejo uma figura típica do bairro, o "garrafeiro". Ele tem umas três Brasílias podres nas quais carrega tralhas e jornal. Olho para seu carro novo, um Escort (ainda não tão podre), e vejo no banco um logotipo conhecido: AKAI. 

Pergunto se funciona, testo se liga no posto mesmo e pergunto o preço. 100 Reais. No fim ficou por 50. Não sei se funciona, nem se está completo. Mas é um gravador de rolo AKAI, e sempre quis ter um. Guardei-o no R/T e lá continua. Não quis explicar para minha mulher o que é e porque comprei.



 O AKAI de rolo, acondicionado no porta malas do R/T

Os colchões eram dos berços dos meus filhos. Agora protegem a lateral do carro.

Ainda vou restaurar o aparelho de som dos meus pais. Cresci ouvindo música nele. Lembro do meu avô deitado no sofá, ouvindo suas cancionetas napolitanas, seus tangos, provavelmente pensando na sua mulher que partira. Gravei as primeiras fitas Basf Chrome nele. Em 1989 comprei o toca discos. Enfim, tem muito valor sentimental para mim.

Grande abraço a todos, e uma excelente semana!

Vital

O Fiat Tipo 1.6 i.e. preto etna 1995 - Fim da faculdade.

Em 1995, depois de muita ralação, estava no quarto ano da Poli. 1994 havia sido um ano atípico, minha mãe passou por um período difícil de sua vida, um câncer que, graças a Deus, foi curado. O fato é que durante boa parte do ano ela precisou se ausentar da fábrica para fazer o tratamento em São Paulo. Nesta época eu vinha de uma ressaca de terceiro ano de engenharia de eletricidade. Em 1994 eu fazia apenas quatro matérias, pois tinha dividido o terceiro em dois.

Por pura vagabundagem. Não vou dizer que não me arrependo, que não faz diferença, porque faz. Eu poderia ter saído da Poli no final de 1995, mas graças a alguns escorregões, perdi o primeiro ano da minha vida. Hoje com quase 40, não faz tanta diferença. Mas na época senti muito e resolvi tomar jeito.

O fato é que, dada a minha grande janela sem aulas, eu assumi o lugar da minha mãe na empresa, pelo menos operacionalmente falando. Eu tinha faculdade, minha mãe tinha a escola da vida, que é a mais difícil e a que melhor ensina. Enfim, passei o ano de 1994 assistindo aulas de segunda-feira. Acabada a aula, pé na estrada para Dourado. Ficava na tecelagem até sexta-feira. Pegava o Gol branco e voltava para São Paulo. Direto para o curso noturno de japonês que minha mulher fazia na Liberdade. Assistia aula de Mecânica dos Fluidos e de Eletromagnetismo no sábado. E assim passei 1994.

Meu pai sempre foi rígido comigo e claro que o próximo carro era problema meu. Mas minha mãe, muito sensibilizada e com medo de partir (hoje que tenho filhos entendo isso...) pôs na cabeça que queria trocar o meu carro. O velho foi contra, mas a situação era relativamente delicada em casa nesta época. E no ano seguinte, em junho de 1995, ganhei um Fiat Tipo de presente. Zero quilômetro.

 Assinando no livro - Colação de Grau - EPUSP 1996 
 O Tipo, já com algumas modificações
 Casa dos meus pais
 Sempre impecável



Tudo que é feito na emoção e com pouca razão acaba não sendo muito legal. O Tipo era um carro muito bonito e alcançou um certo sucesso, vendendo mais de 145 mil carros entre 1993 e 1997. Mas o seu sucesso literalmente derreteu com a incidência de unidades incendiadas por problemas de fabricação. Hoje este carro está praticamente extinto e os poucos que restam não valem 5 mil Reais. E era um carro muito bom! Espaçoso, completo mesmo nas versões mais básicas, barato e com acabamento razoável.

Fiquei muito pouco tempo com ele. Dois anos exatos. Esse carro me lembra de uma fase difícil dos meus pais, não financeira, mas do relacionamento deles. Foi um período de grande fragilidade familiar.

Como já havia feito com o gol, troquei rodas, cortei molas, etc... O carro era lindo. Quando me formei, em dezembro de 1996, a nossa situação financeira era péssima. Mas tudo vem na hora certa. Sempre gastei o dinheiro dos meus pais durante a faculdade. Na verdade gastava mal. E sempre me toleraram. Quando me formei tive a oportunidade de sair empregado, e com meus primeiros salários pude ajuda-los.  E faço isso até hoje, e com muito orgulho de poder fazê-lo.  Meus pais perderam quase todos os bens materiais, mas sinceramente gosto mais do jeito deles hoje do que quando estávamos bem financeiramente falando. São unidos, comedidos, companheiros. Enfim, como deve ser uma família. Hoje são tranquilos, vivem de aposentadoria e da retribuição minha e do meu irmão. Fiquei muito contente em dar um carro para eles, ano retrasado. São excelentes pais. Quando o Magnum quebrou a noite, em cinco minutos lá estava o velho. Minha mãe religiosamente busca os netos na escola. Amo-os muito, e sou grato pelos valores e pela educação que recebi.


abraços!

Vital

PS: O engraçado é que pesquisando o DPVAT, o carro foi licenciado até 2008 ou 2009. Ou seja, até que durou. Quando vendi ele já tinha quase 70 mil km rodados.

Homenagem aos amigos

Como já escrevi, fiz o blog para minha família e para os meus amigos. Só que foram aparecendo mais leitores, que eu não conhecia antes do blog. Isso é muito legal, surgem novos amigos, todos com a mesma paixão pela marca DODGE.

Se tem dois caras assíduos no blog, estes são o Max e o Edu. Parece que já os conheço bem, de tanto trocarmos emails e pelos posts que eles deixam aqui. Conheço o Edu pessoalmente, encontramos-nos indo ao Mopar 2010.

Tem também o Fabrício, o Cuti, o Buzian... Mas o Edu e o Max eu não conhecia antes do Blog. Seguem umas fotos dos dois figuras e seus belos Darts. O GS já foi assunto de um post aqui. O 74 do Max ainda não. 74? Não é um 71? É um 74 cuidadosamente convertido em 71, e particularmente eu gosto mais assim, se bem que o Max já está com o enxoval pronto para converter em 74. Fica aí uma homenagem do blog aos dois frequentadores e seus lindos carros. O Edu é o de camisa preta, o Max o de azul.

Os demais amigos que quiserem mandar fotos de seus Dodges, sempre bem vindos! Eu as coleciono e posto aqui com prazer.

abraços!

Vital








quinta-feira, 19 de maio de 2011

Os primeiros anos de faculdade - O Gol GL 1.8 1990 branco star

Meu pai sempre teve uma preocupação muito grande. Fazer com que eu e meu irmão fossemos independentes financeiramente, e um fato que ajudaria a alcançar esse objetivo é o estudo. Sempre frequentei uma boa escola, independente da crise e do salário do meu pai. Meu velho sempre colocou a formação em primeiro lugar, para os seus dois filhos. Ele sempre acreditou que a educação muda o homem e o seu patamar. É a maneira mais simples e mais trabalhosa de se conseguir as coisas. Hoje, com quinze anos de formado, agradeço a ele cada estímulo, cada bronca e cada esforço que ele fez por mim nos vinte e quatro anos que vivi financeiramente dependente dele. Meu pai abriu mão de viagens, carros melhores, até de sua própria atualização acadêmica para que eu e meu irmão pudéssemos estudar.

Acho que é o que precisamos no Brasil. Educação. só ela muda a condição social de um indivíduo. Esse começo de ano fiquei muito contente, o filho da moça que trabalha em casa entrou na universidade federal de Viçosa. Se ele seguir firme neste caminho, com certeza os filhos dele terão oportunidades diferentes daquelas que a mãe dele teve.

Bom, voltando ao ponto, eu estudei muito durante o ano de 1990. Tinha sido reprovado no vestibular e meu pai havia me dado um ultimato. Ou entrava na universidade pública ou teria que trabalhar para pagar a faculdade. Aquele ano de 1990 seria o último ano que meu pai pagaria curso pré-vestibular para mim. Depois do tombo na Fuvest, resolvi estudar de verdade. Durante o ano inteiro nunca faltei em uma aula sequer. Estudava de seis a dez horas por dia. Fiquei magro, levava uma vida de monge. Nada de namorada. Saia de casa seis da manhã, voltava as duas da tarde. Dormia uma hora e estudava até acabar toda a matéria. As vezes, quando apagava a luz do quarto, ouvia o relógio da sala bater meia noite.

Na metade do ano eu já era o segundo melhor aluno do Anglo Tamandaré em exatas, dentre cinco salas. Nem eu acreditava nisso, sempre fui um aluno mediano. Tinha colocado na cabeça que queria estudar na Escola Politécnica, mas achava muito difícil conseguir. Nesta época não tinha carro e nem podia usar os carros dos meus pais. O velho 1300L e um Monza SL/E 89 da minha mãe, primeiro carro zero comprado por ela com o seu próprio esforço. Meu pai exigia grande disciplina da minha parte. Eu ficava bravo, achava injusto, mas hoje agradeço a ele por tudo que já consegui.

Chegou a reta final. Fiz os dois únicos vestibulares que me interessavam, a Fuvest e a Unicamp. Eu não queria ter que trabalhar para pagar meus estudos, nada contra, mas eu estava decidido a tentar até conseguir. Para me incentivar, meu pai me prometeu, caso entrasse na Poli, um carrinho usado. E ainda, se ele tivesse condições, guardaria o valor da mensalidade da faculdade particular para me ajudar no meu começo de vida. Fiz o vestibular e fui descansar em Dourado. Não podia ver livro na minha frente. Fora um ano difícil, tinha perdido uns vinte quilos, foi um período de muito foco e desgaste.

No dia seis de fevereiro, aniversário do meu pai, saiu a lista da Fuvest nos jornais. Na noite anterior, nos cursinhos. Eu estava longe de São Paulo e tinha deixado para ver a lista nos jornais. Naquela noite eu estava tranquilo em Dourado, quando encontro um colega da cidade, dizendo para eu voltar para casa, meu pai havia ligado contando que eu tinha entrado na Escola Politécnica. Meu pai chorava de alegria, de certa forma eu tinha conseguido por nós dois.

Foi uma das maiores realizações acadêmicas que eu alcancei. Essa foi a prova que, quando se quer uma coisa, quando se dedica de verdade, alcançamos o objetivo. Sempre quando tenho uma dificuldade no trabalho eu resgato aquele ano de 1990 e me dedico ao máximo. Claro que as variáveis hoje são outras, mas a essência é a mesma. Dois meses mais tarde descobri que havia sido o sexto colocado entre todos os aprovados, não só da Poli, mas também da Matemática. Foi demais, meu pai não cabia em si de felicidade, acho que foi o melhor presente que pude devolver para ele, pois sem a sua ajuda eu não teria conseguido nada. espero poder ser um bom pai, como o meu foi e é.

Início de 1991, vida nova. Faculdade. Foi um tremendo choque. A Poli é uma excelente escola, mas tem inúmeros defeitos. A primeira lição é aprender a se virar, nada vem mastigado como vinha no colégio. Lá tirei meu primeiro zero, as semanas de prova eram um verdadeiro inferno. É um mundo impessoal, você faz o que você quer e aprende a assumir as conseqüências dos seus atos. Ninguém te cobra. O que acontece, no final, é que se você não se dedicou o suficiente, é bomba na certa. Conheço pessoas que arrastaram dez anos na Poli e não se formaram. Como eu não queria isso para mim, mesmo a contra gosto fui em frente e me formei. Hoje, por incrível que pareça, tenho saudades da Poli e sou grato à Escola por muito do que consegui na minha vida.

Entrei, chegou a hora do carro. Em abril de 91, meu pai me disse para procurar um carro usado. Um Fusca de dez anos. Eu detestava Fusca. Não bastava o do meu pai? Perguntei se poderia ser um Opala 76 ou coisa do gênero. Engraçado é que nem cogitei um Dodge. Realmente me esqueci destes carros por muitos anos. Mostrei alguns anúncios, inclusive o de um Gol Gl 1.8 90 preto, com 1.100 km rodados. NEsta época de inflação galopante as pessoas compravam carro para proteger o capital. Parece piada, mas é a mais pura verdade.

Nem sonhava em ter um carro destes. Era muito fora. Para meu espanto meu pai falou para ligar para o anúncio, e numa noite de abril fomos até o Tatuapé, na rua Emilio Malet. O carro era de um casal que o comprara para investimento. Quando meu pai fechou negócio, fiquei desnorteado. Nem acreditei que eu teria um Gol 1.8 preto! Era o que um garoto poderia desejar de mais legal, depois dos Gol GTI e GTS, muito mais caros.

Ganhar um carro me fez desviar do foco da escola, e no primeiro semestre já tomei duas bombas. Corria feito um louco, fiz muita bobagem com esse carro. Tanto que o destino dele foi ficar debaixo de um caminhão, na noite do dia 29 de dezembro de 1991. Não sei como eu e os outros três amigos não morremos. Deus não quis que fossemos aquele dia. Ms o Gol foi perda total.

Passei aquelas férias de cama. Rasguei a boca, quebrei o braço esquerdo e machuquei o peito no volante, apesar de estar usando cinto. Estava puto da vida comigo mesmo, por causa da besteira, da imprudência. Meus filhos, se vocês lerem isto um dia, espero que façam diferente.

Em fevereiro de 1992, ganhei um segundo gol, idêntico ao primeiro, porém branco. Com 6.800 km rodados. Esse carro é inesquecível para mim. Eu adorava meu Gol e choro até hoje por tê-lo vendido. Era estupidamente liso, impecável. Claro que troquei rodas e mais um monte de tranqueiras, mas o carro era muito legal. Com este carro dei carona pela primeira para aquela que viria a ser minha mulher, mãe dos meus filhos. Tudo que cuidei de um carro de uso se esgotou neste Gol, hoje eu não tenho a mínima paciência de lavar um carro. Ele não tinha um risco sequer, o cofre era mais limpo que consultório de dentista. Interior impecável. E andava muito bem, para os padrões de 1992.

Essa fase da vida foi muito boa. As preocupações? Não havia, apenas estudar. Passava muito tempo com meus amigos de infância, os amigos da rua. O Rogério (Alemão) e o Marcelo (Febem). Éramos inseparáveis. O Alemão é meu amigo desde 1980, e continua até hoje. Hoje nós estamos bem diferentes das fotos da época. O Marcelo sumiu, nunca mais soube dele desde que mudaram do bairro. O Alemão está gordo, o Marcelo careca, eu com cabelos brancos... Enfim, amadurecemos. O engraçado é que quando nos encontramos ocasionalmente na rua, sentamos em frente a casa do Alemão e jogamos horas de conversa fora, como fazíamos nos anos 80. Só que agora rodeados das crianças. Esse tipo de amizade surge apenas na infância. Guardo com muito carinho esse tempo.


























O Gol, em frente à casa dos meus pais. Tinha jeito de mau. 

Neste Gol fiz o que nunca mais fiz em nenhum carro, que é modificar. Troquei rodas (algumas vezes), som, andava sem placas. enfim, foi uma fase. Esse carro chamava a atenção pelo seu estado de zero. Nunca bati o meu Gol. Era um carro impecável. Investigando o DPVAT achei informações sobre o dono, até poderia tentar encontrar o carro, talvez recompra-lo. Mas prefiro lembrar dele como ele era. E de tudo de legal que vivi nos meus anos de Poli, com meu Gol, meus grandes amigos e minha então futura mulher.


































As fotos, na ordem:

1 - Meu Gol, nos fundos da casa de Dourado. Foi uma época muito boa
2 - Olha só o motor. Cinco anos de idade e zero.
3 - da esq para a dir: Febém, eu e o Alemão. Guaecá, São Sebastião. 1993.
4 - Meu quarto de nerd. passei muito tempo nesta mesa estudando.
5 - Formando da 100a turma da EPUSP. Minha mãe, eu e o Febém. Neste dia ele tomou o maior porre...




Agradeço ao meu pai por tudo isso.

abraços!

Vital

DPVAT

Ontem tive um dia cheio. O que é normal na minha atividade. Adoro o que faço, trabalho na mesma empresa há quinze anos. como tudo na vida, há dias fantásticos e há dias chatos. Hoje foi cansativo, mas faz parte.

Quando abro meus emails, vejo um do Edu com a pesquisa do DPVAT. Fiquei uma hora relaxando, procurando informações.

Algumas interessantes:

1 - O Charger só teve 3 donos e só foi licenciado em 2000, depois de muitos anos guardado. Placas FQ-0069
2 - O Dart foi de um dono só até 1999 e sua placa era CQ-4554. Depois disso foi do 2o dono, o qual conversei por telefone há 3 anos. Depois foi para o Meloni, comerciante de antigos. Mais um dono e depois eu.
3 - O Magnum sempre foi do RS e sou o 4o dono. Suas placas eram EC-3218.
4 - Meu primeiro carro, um Gol GL 1.8 90, ainda existe e está com o mesmo dono desde 1995.
5 - O Monza SL/E da minha mãe, 1989, ainda existe e mudou de mão só uma vez.
6 - Até meu Fiat Tipo 1995 ainda existe, para minha surpresa.

Em compensação, nada do Charger 74 ou do Magnum 79. Esses sumiram mesmo...


Abraços a todos!

terça-feira, 17 de maio de 2011

Meu carro de uso. Honda Accord LX Preto Nighthawk. Boa surpresa.

Particularmente não gosto de comprar carro usado. Sei que carro zero é um péssimo negócio, perde-se muito. Sempre comprei carro zero desde que me formei, exceto meu Monza e uma Xsara Picasso quando fui pai. E sempre usei pelo menos três anos, e vendia com 70, 80 mil quilômetros rodados. Preferia comprar ( e o fiz!) Palios zeros, sem ar, sem direção, a comprar um carro mais velho usado, porém completo. Primeiro pelas facilidades de financiamento de um zero. Segundo porque a probabilidade de dor de cabeça é menor (exceto para franceses). Depois de três, quatro anos, trocava na concessionária. Como cuido bem dos carros, acabava tendo uma avaliação razoável. E carros mais populares não perdem tanto valor quanto os mais caros.

Aliás, a pior viagem são os carros franceses. Tive três, todos deram duas grandes alegrias. Na compra e na venda. O pior deles foi um C4 Pallas Exclusive. O problema do Citroën é que você só consegue trocar por outro Citroën, pois todas as outras lojas pagam muito mal. Resolvi quebrar o ciclo, vendi o C4 no mercado e contabilizei o prejuízo, e passei a usar um Fiat Stilo que era da minha mulher desde novo. Em 2010 comprei um Focus, excelente carro, estava até feliz com a aquisição. É, na minha opinião, o melhor carro entre Ford, GM e Fiat.

E resolvi que ficaria com ele um bom tempo, como sempre fiz. venderia o carro quando estivesse com 80 mil km rodados. Mais uma vez surge um negócio inusitado. Meus vizinhos (e amigos) resolveram se desfazer de um Honda Accord 2007. O dono é aposentado e tem um escritório que fica há menos de 2 km do meu prédio. Resumindo, o carro tem apenas 15 mil km rodados, comprado zero em julho de 2007.

Quando estava decidido a não trocar de carro mais, pois desde que meus filhos nasceram em dezembro de 2006 já havia trocado de carro cinco vezes (acreditem, não acho isso bom e fiz apenas porque cai na infelicidade dos Citroën), surge um bom negócio. Quando nasceram eu tinha um Astra, impossível levar gêmeos, lembrando que tenho dois metros de altura e jogo o banco lá para trás, impossibilitando o transporte de mais gente no carro. Depois de várias compras infelizes havia decidido ficar com o Stilo que fora da minha mulher. Eis que surge uma oferta irresistível e vendo o Stilo, comprando o Focus. E com 10 mil km rodados apenas, surge uma oportunidade do Accord e lá se vai o Focus embora. Foi para um grande amigo, que aliás é fanático por Focus e tem um XR 2003 desde zero (que está na minha garagem há 2 meses, quando ele levou meu carro).


Meu Accord. Na frente, o Corolla 2002 que comprei para os meus pais. Outro carro indestrutível.


Enfim, o Accord é surpreendente. A venda do Focus deu para pagar o carro e ainda sobrou troco. Incrível como esse carro perde valor! Em 4 anos paguei a metade do valor do zero, e num carro de apenas 15 mil km rodados. Acho que esse carro compensou todos os péssimos negócios franceses que fiz em 2007 e 2008. Pretendo ficar com ele muitos anos, até por ser um carro de comércio ruim, com modelo já fora de linha. O carro é fabricado no México.

Imaginem os Azeras quando estiverem mais velhos. Nos USA não vi um Azera rodando. Em contrapartida, muitos Hondas e Toyotas, alguns com mais de quinze anos, rodando tranquilamente. Acho que fiz uma boa compra. Já rodei 2 mil km com ele, sem queixa alguma. Os poucos defeitos eram  das besteiras que a concessionária fez com acessórios, como uma película de vidro mal instalada e um acabamento quebrado, já reposto, por menos de 20 Reais.

Só trocarei de carro quando puder comprar um carro dos meus sonhos, um New Charger R/T. E se não chegar esse dia, trocarei pela melhor oportunidade que aparecer. Mas não comprarei outro carro de luxo zero km.

abraços!

Vital


sábado, 7 de maio de 2011

Presentinho para o Dart Coupé

Eu tinha uma grande dúvida de como deveria montar o conjunto de rodas do meu Dart. Eu não sou muito fã daquelas calotinhas tipo chapéu chinês, apesar de gostar de manter a originalidade do carro. O Dart fica careta demais com aquelas calotas, mas é pura questão de gosto. Logo que comprei o carro, mesmo antes dele chegar, já tinha comprado um jogo de calotas rallye fajutas, feitas de alumínio. São muito mal feitas, mas quebraram o galho até o desmonte do carro em 2008.

Adoro rodas rallye com argolas e sobrearos. Mas também adoro as rodas Magnum. E no 73 ficam originais, já que foi o último ano de fabricação delas como equipamento original da linha Charger R/T e opcional para quem quisesse compra-las. O ponto é que são caras demais. Em 2007 comprei o VW 1500 com o dinheiro reservado para comprar um jogo de rodas Magnum. As rodas eram R$ 2000,00 e o carro custou mil a mais, acho. Um absurdo, se pensarmos que são rodas velhas para restauro.

O ponto é que em 73 os Chargers sairam com copinhos cromados, diferentes das calotas rallye conhecidas. eram iguais às calotas do SE, exceto por estas serem pintadas na cor do carro. O R/T do meu avô saiu zero com estas calotas. Vai saber. Eu não posso afirmar o que é o certo ou o errado, mas o carro do meu avô não foi modificado.

Essas calotas não existem, pelo menos eu nunca consegui encontrar. é aí que entra o meu amigo Maurício Silveira, autor de um blog sensacional sobre carros antigos. O Maurício mora no rio Grande do Sul e conseguiu um jogo de calotas deste sem uso. Mesmo de longe, sem conhecê-lo, de maneira muito simpática ele se propôs a buscar as peças, limpou-as cuidadosamente e as enviou para mim. Elas estão sem uso e foram readaptadas de suportes do Magnum (acho...) para calotas de centro. Estou na dúvida se vou mandar cromar ou pintar, como na linha 79. Se for a primeira opção, as rodas serão pretas. Se a segunda, serão da cor da roda. Cuti, me manda uma amostra da tinta "azul" original!

Fica aqui o agradecimento ao amigo Maurício.

Abraços!

Vital



sexta-feira, 6 de maio de 2011

Men's last stand

Semana passada, antes de viajar para os States, passei um bom tempo vendo as propagandas da Chrysler 2011. Fiquei impressionado com a criatividade das propagandas do Two Thousand Eleven Dodge Charger. São empolgantes, vi várias vezes e cada vez mais tive vontade de ter um carro destes, até mais que uma Challenger. Recomendo a todos que as vejam no YouTube.

http://www.youtube.com/watch?v=2RyPamyWotM&feature=related


Vejam o link acima. É demais.

Tem outra que diz: "Dodge Charger: for real test drivers". Eu piro.

Sexta Feira passada vi essa beleza para vender, em exposição num Mall de Miami. Na cor Orange Toxic, foi um dos únicos Charges 2011 que vi, o que é preocupante. Não pesquisei dados de market share, mas não deve vender muito. O carro é mais lindo do que se pode imaginar. E é um R/T. Essas duas letras combinadas fazem o sangue subir.


Várias vezes fiquei sonhando com esse carro na minha garagem. Pensei até em vender alguns dos meus carros, afinal administrar uma frota tão grande me toma tempo e dinheiro. Mas são só planos.

E, como disse, dirigir o 2010 matou um pouco as minha lombrigas.

Grande abraço!

Vital

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Dodge Charger SXT 2010 3.5 V6 - "Meu" primeiro New Charger

Aos que acompanham meu blog, peço desculpas pela falta de atualização. O último mês foi bem corrido e me faltou criatividade para escrever coisas interessantes aqui. Mas manterei sempre atualizado, esse é um projeto sem data para término.

Nesta semana viajei a trabalho, nunca havia estado nos Estados Unidos da América. Apesar de ter ido para Miami, que mais parece com a América Latina do que com os EUA propriamente ditos, fiquei impressionado com a organização, limpeza, e com a educação no trânsito, se compararmos a São Paulo. Respeito ao pedestre, motoristas deixando você mudar de pista quando necessário, nada de lixo nas ruas. Buracos? Não vi nenhum sequer.

Descendo do avião, fui ao balcão da Avis. A política da empresa permite o aluguel de um carro sedan pequeno. Nem quis saber qual era e pedi as opções alternativas, e uma delas era o Dodge Charger. Claro que não aluguei o R/T, estava a trabalho e nem sabia se tinha disponível. O upgrade custou 29 dólares amais por diária, e lá fomos nós, encontrar o carro no estacionamento.







O carro é 2010, ainda com as lanternas da primeira geração. Com 15 mil milhas rodadas, rodas de liga leve,  provavelmente um pouco mais equipado que o básico. Ligamos o carro, o V6 é muito bom e responde bem. É um carro grande, mas as ruas largas compensam o tamanho dele. O carro tem um driving muito bom, controle de tração... Os bancos são de um tecido bem simples, diferente do abundante couro das versões que chegam até o Brasil por importação independente. Um carro de 25 mil dólares, ou seja, o mesmo que paguei no meu Honda Accord com quatro anos de uso e, pior, o preço de um GM Agile. Esse é o nosso país.

A aceleração não é lá essas coisas, para quem já andou na Challenger R/T do Badolato, 5.7 Hemi. Mas é boa. O acabamento simples, com plásticos em abundância, mas muito primoroso. Silêncio total no interior. Painel agradável, mas o do 2011 é mais bonito.

Aliás, uma coisa que chama a atenção é como as barcas nipônicas, nossas velhas conhecidas (Honda Accord, Toyota Camry, Lexus, ...), parecem pequenas por lá. E como são numerosas. Vi muitos destes carros nas largas ruas. Muito comum também ver carros Hyundai e Kia, porém na sua grande maioria nas versões de entrada, com calotas. Não vi nenhum Azera sequer. Nem Vera Cruz. Estranho, pelas propagandas do fabricante, pensei que veria mais destes carros por lá.

Dos nossos queridos carros, vi  muitos Mustangs. Na grande maioria seis cilindros. E muitos Chargers V6 também. Mas a Challenger, ao contrário dos irmãos Chargers, é pouco vista. apenas duas em 5 dias, ambas 3.5l High Output. Decepcionei-me um pouco, esperava ver mais V8s rodando por lá. Charger Hemi eu vi apenas um 2011 na cor Toxic Orange, zero km, pela bagatela de 30 mil dólares. O carro é muito mais bonito que o 2010, devido ao resgate da tradicional lanterna traseira estilo Charger 70.

É impressionante a quantidade de RAM rodando pelas ruas, de todos os anos. Inclusive a 2011 é linda. As grandes pick ups Dodges, bem como as minivans,  são mais frequentes que os carros. Aliás, tem-se a impressão de que os carros americanos são minoria. Carro "velho", só japonês.

O test drive matou minha vontade de ter um Charger, por enquanto. Para matar a vontade, 10h de avião e um cartão de crédito na Avis resolveram. Fica agora a saudade do Mopar.

FoMoCo

Não há como negar. Além dos Mopars, o Mustang é o queridinho da América. Vi muitos. Mas muitos mesmo. Alguns GTs, mas vários eram conversíveis V6. Um pecado, mas no dia a dia até os americanos economizam. Particularmente acho um carro lindo, e o 2011 está maravilhoso. Depois de um Challenger, um Charger, seria a minha opção. Mas um carro me chamou a atenção. Não pela beleza, mas pela plaqueta. Police Interceptor. Vi várias destas barcas com esta plaqueta, com mecânica 4.6 l V8. Pelo que pesquisei, são carros comprados usados da polícia, tanto que os três que vi sem "uniforme" ainda tinham o farol de mão na coluna. Estes carros tem alterações diversas de suspensão e estrutura, tornando-os excelentes carros para perseguição.








Hoje paro por aqui, amanhã : São Paulo !!!

Grande abraço a todos!

Vital