segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Elias Maluf, meu avô Dodgeiro

Registro apenas para contar para os meus filhos queridos e família, hoje faz 31 anos que meu amado avô, Elias Maluf, faleceu.

Lembro que era uma tarde de sexta feira, a perua do colégio augusto Laranja me deixou em casa após a aula. Na sala, a família reunida. Fiquei sabendo da notícia, eu tinha oito anos e não processei direito o que significava aquilo tudo. Sabia que ele estava doente, há dias no hospital do Câncer.

Na mesma noite o corpo seguiu para Dourado, nossa cidade natal. Os restos mortais chegaram de madrugada, depois do contratempo do carro funerário ter quebrado. Não fui ao enterro, ficamos eu e o meu irmão em São Paulo, na casa de uma grande amiga da família. Não me despedi dele, não disse sequer uma palavra na última vez que vi aquele gigante já muito magro, no hospital. Penso nele sempre.

Nossa vida mudou muito com a partida dele. Nunca vou me esquecer do meu avô Elias, e nem do grande homem que ele foi. Fez um hospital, uma escola, uma ponte, uma estrada... Uma fábrica... Uma filha brilhante.... Uma família de primeira.

Entre as várias passagens marcantes, sua marca registrada era o seu Dodge. Cada vez que giro a chave e um dos Dodge começa a funcionar eu volto a minha infância. No Magnum, as suas fitas cassete, com mais de 30 anos, ajudam nesta viagem do tempo.


Saudades....



Elias Maluf - 29-04-1912    -     12-09-1980

16 comentários:

  1. Puxa amigo, é o que fica na vida é os bons momentos.... agora é curtir e lembrar dos bons momentos com seu avô...bela memória...parabéns e um abraço. Nilton

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  2. Vital,
    faça suas homenagens, isso é ótimo. As boas lembranças ficam para sempre.
    Abração.
    Reinaldo
    http://reiv8.blogspot.com

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  3. Vital
    Me emocionei lendo teu relato. Ao mesmo tempo penso como é bom ter coisas boas para lembrar, acho que é realmente o que nos move. Saber que um dia , talvez, encontremos todas as pessoas que amamos e já se foram! É o que espero.
    Provavelmente teus dois filhos irão sentir a mesma coisa no futuro, lembrando dos passeios com os carrões do pai.
    Abração meu amigo
    Cuti

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  4. Bela homenagem Vital, da onde ele estiver deve ter ficado feliz. Muito boas as fotos dos últimos posts, as do mopar então nem se fala. Infelizmente este ano acabei não indo pois minha mãe estava internada. Foi uma pena pois o dart estava finalmente com a parte elétrica toda revisada e todos os problemas solucionados, ele ganhou inclusive uma entrada bem discreta para ipod no próprio rádio original que também voltou a funcionar. Queria muito ter visto o magnum de perto, mas tenho certeza que outra oportunidade surgirá.
    Eu também gosto muito de sair para andar de dodge com meu pai, aliás faço muita questão de estar sempre junto com ele.
    grande abraço.

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  5. Nilton, obrigado! Sempre falo para os meus filhos, curtam os seus avós. É uma fase passageira da vida, mas que marca muito positivamente.

    grande abraço!

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  6. Reinaldo, valeu! Ano que vem é o centenário dele, estou preparando uma coletânea de fatos para postar aqui, desde a infância rica, adolescência pobre, homem público, industrial, pai, avô...

    Só preciso de tempo e inspiração, está tudo aqui em casa.

    abraços!

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  7. Cuti, grande amigo, de certa forma me encontro com ele quando coloco o Magnum na estrada. Acredita que ele fumava aquele cigarrão de palha dentro do carro?? Bons tempos. No meio do ano seguinte (1981) o Magnum foi vendido por um valor irrisório.

    Grande abraço!

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  8. Max, eu li sobre sua mãe no blog do Cuti, espero que tudo esteja bem com ela. Eu tenho pego estrada aos domingos pela manhã, está convidado.

    Grande abraço, no Mopar do ano que vem vamos parar os dois darts brancos juntos.

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  9. excelente posting, me fez lembrar do meu avô e da forma similar como ele se foi, assim sem tempo para despedidas, tinha apenas 11 ou 12 anos.
    abração
    Gian
    V8nFUN.blogspot.com

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  10. Gian, por isso falo para os meninos, aproveitem os avós... Fase única...

    abraços!

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  11. Vital
    Acredito sim que ele fumava os palheiros dentro do Magnum, eu também fumo os meus dentro da minha C10, kkkkk
    Abração
    Cuti

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  12. Está vendo a grande janela à esquerda? Era o escritório dele, ainda está lá a mesa de aço na qual ele fazia os palheiros. Dizia que era um jeito de fumar menos, rsss... Eu passava horas vendo a confecção dos cigarros. Fumo de rolo, canivete, tesoura, palha de milho que ele mesmo preparava... Naquela mesa eram decididos os assuntos da fábrica, os assuntos de política... E nos momentos de lazer ... cigarros de palha. O canivete pica fumo está aqui comigo, na minha gaveta.

    Grande abraço!

    Tempo bom...

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  13. Grande Vital !!! O Coxinha anda sumido mas nunca esquece dos amigos!!! Que historia linda! Eu Gracas a Deus tenho otimas lembrancas dos meus avos... Hoje infelizmente tenho apenas um avo vivo!!!

    Um forte abraco

    Coxinha

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  14. Tá vivo Coxa??? Sumiu! Ainda bem que vc tem seu avô, vi as fotos, curta bastante.

    Forte abraço!

    Vital

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  15. Olá! Me chamo George de Paula Furlan. Atualmente desenvolvo o projeto Nossa Prosa... Nossa História... Aqui na cidade de Francisco Morato. Talvez seu avô tenha tido um sítio aqui? Ficaria feliz se fizesse contato, meu e-mail é george-140@hotmail.com .

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    1. Caro George, não teve. Ele sempre viveu em São Paulo e Dourado. abraços!

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