segunda-feira, 21 de maio de 2012

Meu pai e o Ignácio de Loyola Brandão

Depois de acabar o mestrado em 2004, nunca mais pisei na escola. Também pudera, deu um trabalhão. Após estes anos todos, resolvi voltar aos bancos escolares. Vida corrida, pouco tempo para me dedicar...

E precisei resgatar alguns documentos. Desde criança guardo cartas, recortes, fotos... Principalmente porque ficava muitos meses longe de minha mãe, que sempre escrevia cartas para nós dois. Tenho-as cuidadosamente guardadas, de 1980 até a última.

Revirando minhas coisas para achar meu certificado de conclusão e meu histórico escolar da Politécnica, achei este artigo do Ignácio de Loyola Brandão, que foi contemporâneo do meu pai em Araraquara.

Não sei se dá para ler, mas é muito interessante, fala de uma briga que tiveram na infância, e depois um inusitado encontro em 1999.

O Luiz Vital citado no artigo era o irmão mais velho do meu pai, que faleceu durante um acidente de automóvel nos anos sessenta, quando estava no terceiro ano da ESALQ. Estavam voltando de um jogo da Ferroviária de Araraquara quando o Aero bateu de frente com um Jeep que vinha na contra mão. Meu tio, sentado no banco traseiro, foi atingido pelo rádio que estava na parte de trás do Aero. Meu pai soube do ocorrido pelo rádio, já a caminho de Araraquara.

Recebi o mesmo nome como homenagem a ele. Pouco sei sobre o primeiro Luis Vital, não tenho fotografias dele adulto, mas sei que era um cara divertido e que aproveitou bem os seus vinte e seis anos. Recebi também suas canetas. A verde ele usava no dia do acidente e foi restaurada por mim. A Parker 51 ele ganhou em 1959, nunca usou. Ganhei do meu pai quando eu nasci, e a conservo com muito carinho. Ele apenas trocou o corpo dela para que o meu nome fosse gravado.

abraços!





A Sheaffer's verde teve sua tampa original esmagada na batida. A 51 azul é novinha, eu coloquei tinta pela primeira vez.


domingo, 20 de maio de 2012

A casa da tia Malvina

Cresci no Planalto Paulista. Apesar de seus problemas, é um excelente bairro. Conheço cada casa, cada rua... Aprendi a andar de bicicleta nas suas ruas ainda calmas, nos anos 80. Todas as casas do Planalto têm mais ou menos o mesmo estilo. São sobrados médios, com garagem no fundo, construções do tempo que cada família tinha no máximo um carro. Era a classe média paulistana indo para novos bairros, nos meados dos anos 50.


hora de dormir! Na casa que morei 32 anos, até me casar. Meu filho é a minha cara nesta época...

Meu irmão, minha mãe e o pequinês chato, a Rebecca. Ela morreu logo depois do meu avô.

Pagando mico na páscoa de 1975, recém chegado da escolinha.


A minha casa ainda é como sempre foi. Três quartos grandes, um banheiro único na parte de cima... Um lavabo na parte de baixo... Muito espaço, diferente dos caixotes suspensos que moramos hoje.

Mas tinha uma rua que era muito peculiar e que fez parte da minha infância. Minha tia avó morou nesta rua, na Vila Clementino, desde meados dos anos 50 até 1988, quando se mudou para o Rio de Janeiro para morar com sua filha. Ela já tinha oitenta anos nesta data. E ainda viveu mais 22 anos, até 2009. Visitei-a em 2001, depois disso nunca mais a vi. Era a minha última tia avó viva, de um total de nove irmãos.

Em uma coincidência muito grande fui jantar agora, com minha mulher e meus filhos. O manobrista guardou o carro na casa que fora dela.

A casa virou ponto comercial, é geminada e não tinha garagem. Tinha um pequeno jardim na frente, um muro baixo imitando tronco de árvore. Hoje está bem desfigurada. Infelizmente a violência urbana espanta as pessoas das casas e as empilha em prédios. Mas quando reconheci a casa, muitas lembranças da infância voltaram. Lembro dos sanduíches e da Soda Antártica da hora do lanche... Do bolo polonês... Das histórias da família que ela contava com tantos detalhes... Do tio Luiz, mais surdo que uma porta, contando suas histórias da revolução de 32 e acompanhando comigo numa tabela os resultados da Copa de 1982. Na frente desta casa ficava parado o carro da minha mãe. Na esquina tinha um boteco que tinha café, meu avô ia depois dos almoços lá.

cartão que ganhei no meu aniversário, em dezembro de 1983. Última vez que ela veio a nossa casa.


Fase boa.

Segue uma foto para ilustrar. Meu carro, em cima do que foi o jardim da tia Malvina. Ela falaria: "tire esse carro de cima da minha roseira, menino!!!"



abraços.



sábado, 19 de maio de 2012

Almoço dos Funcionários da Chrysler do Brasil

Já tenho Dodge há seis anos, já vi fotos do almoço, mas nunca tinha dado certo de eu participar. Ou porque não podia na data, ou porque estava sem carro da marca... Enfim.  Recebi o convite para participar este ano e resolvi ir de Magnum. Mas, por uma surpresa do destino, neste meio tempo ingressei num curso de especialização e justamente começou... hoje! Prioridades são prioridades, desisti de ir, até porque não gosto de deixar Dodge na mão de manobrista de estacionamento.

De última hora resolvi ir com a família toda, e foi um programa e tanto. Conhecer as lendas que participaram deste mundo de imaginação é a mesma coisa que ir à Disney para os meus filhos.

O que mais impressionou e que não vejo hoje com tanta frequencia é a paixão pela bandeira, a paixão pelo que se faz. A tal da geração Y (via de regra) provavelmente não entenderia este comportamento! Com certeza as evoluções dos últimos 30 anos no ambiente organizacional, na maneira de pensar dos jovens profissionais e nas relações do profissional com a empresa foram extremamente positivas. Mas a perda do amor à camisa é, na minha modesta opinião, um ponto pouco positivo. Eu trabalho há 16 anos na mesma instituição e tenho um grande respeito e carinho por sua bandeira. Tenho orgulho em pertencer ao time. Lá fiz minha carreira. Com os frutos do meu trabalho construí uma família e tive conquistas profissionais.

Mas não vejo em alguns jovens tanto brilho nos olhos quanto vi nos destes senhores sexagenários. Eles têm prazer de estarem reunidos, mesmo 31 anos depois do final da empresa. Quando eu puxava algum assunto da Chrysler, eram pelo menos quinze minutos de uma conversa deliciosa. Contam que cada carro era feito com muito amor e sacrifício, pois as dificuldades da empresa eram freqüentes. Uma produção baixa, a crise do petróleo, a queda nas vendas....

 Meu pai, um Fordeiro. Encontrou vários colegas da FEI.




 Camisa do time de futebol da Chrysler!

 Colegas do meu tio Hilton Rossato, e contemporâneos do meu pai.

o clássico e o atual.



E lá estão eles, reunidos semestralmente, uma família.


Agradeço a todos os funcionários da Chrysler com quem tive oportunidade de conversar hoje.

abraços!




terça-feira, 8 de maio de 2012

Ford Mustang - um carro maravilhoso!





 Eu sou fã da marca Pentastar, não tem jeito. Mas confesso que desde muito pequeno um carro sempre foi uma paixão incondicional, transcendendo o fabricante.

Esse carro é o Ford Mustang. Foi, sem dúvida, o primeiro carro que eu aprendi a identificar e a falar o nome quando era bem garoto,  quando ainda era comum se ver muitos carros da década de 60 na rua. é um carro incrível, com linhas imortais e que nunca perdem o charme. E apesar da grande lacuna entre 1973 e 2004, posso dizer que o atual é um puro sangue americano. Já li umas cem vezes a biografia do Iacocca e a minha parte favorita é a que trata do Ford Mustang. Um carro sensacional, e que ficou na UTI por muitos anos até ressurgir em 2004.

No último domingo tive o prazer de entrar num GT500 2010 de um amigo do pessoal, um cara muito gente boa e de uma simplicidade fantástica. Pude ter a sensação de entrar no carro e ligar o seu motor. Realmente carro com compressor é outra história. Vamos ver o que nossa Chrysler e a linha SRT vão preparar para preencher esta lacuna.

Seguem umas fotos, por enquanto me contento com os meus GT 500 escala 1:18, o 2008 e o clássico 1967. Por curiosidade, é o carro que mais tenho em escala 1:18, são 30 Mustang e 14 GT-40.

abraços!










sábado, 5 de maio de 2012

De volta às pistas....

Desde criança eu adoro carro. Pai engenheiro, Dodge na garagem... Uma das recordações que trago da minha infância é o Modelódromo do Ibirapuera. Desde sempre meu pai me levava lá aos domingos. Adorávamos estar lá, vendo os aviões controlados por cabo, a pista de ferreomodelismo...

Mas sempre gostei da pista de autorama, apesar de ganhar um apenas aos 12 anos. Aquele cheiro de motor elétrico, o zunido dos carrinhos... Os antigos pôsteres... Enfim, outra época.

Semana passada resolvi tirar meus filhos da TV e do vídeo game e fomos até lá. Foi muito legal, tanto que resolvi comprar um carro para nós três. Algo simples, compatível com os reflexos dos garotos de 5 anos.

Lembro com saudades dos Estrelinhas e depois do upgrade para os famosos Muras. Não tenho mais nada daquela época, vamos começar de novo. Amanhã testaremos juntos o nosso novo carro, espero que eles gostem.


Abraços!