sábado, 30 de junho de 2012

Ford Belina 1975 do Dr Morais - e Meu Magnum na Quatro Rodas de julho




 Ao lado do Renault da frota da editora Abril
 Na Av. Faria Lima

Fotos internas





Desde criança sou leitor da Quatro Rodas. Tínhamos um vizinho, o Dr. Morais, que tinha todos os exemplares desde o lançamento. Esse homem foi um das melhores pessoas que já conhecemos até hoje. Engenheiro Civil formado na Politécnica nos anos trinta, um dos trinta primeiros brevês do Estado de São Paulo, o Dr. Morais era um homem muito inteligente e dono de uma bondade como nunca vi.

Foi o responsável pelo projeto do galpão da fábrica do meu avô. Era apaixonado por carros e aviões, e com muito carinho e orgulho guardo aqui parte de seus livros, doados a mim por sua filha, quando venderam a casa, vizinha de muro com a minha.

Ele tinha alguns carros, mas sua paixão era a Belina 1975 cor de cobre que meu pai tirou para ele na Ford. Ela tinha rodas de Corcel GT, lembro-me como se fosse hoje.

Muitos dos kits plásticos de montar que tive durante a infância foi ele quem me deu. 

Em 1991, quando entrei na Escola Politécnica, contei a ele com muito orgulho. Infelizmente ele já estava muito doente, com Mal de Alzheimer, e não sei se entendeu. Apesar de sessenta anos mais velho do que eu, posso dizer que foi um grande amigo que tive. Aprendi a desenhar em perspectiva ainda bem novo, com seus ensinamentos. Em 1992 ele nos deixou, mas todos nós sempre pensamos nele com carinho e saudade.

Esse post é para ele. Com certeza compraria a Quatro Rodas na banca (nunca assinou) e veria o meu carro na revista. Tenho certeza que ele ficaria muito feliz! E depois de ler, como sempre fazia, emprestaria ao meu pai.

O carro está nos "Grandes Brasileiros", reportagem do nosso amigo Bitu, e ficou muito boa. Indicação do meu amigo Buzian. Comprei algumas cópias para os meus filhos. Coincidentemente é um carro igual ao testado pela revista no final de 1978, exceto pela transmissão manual de 4 marchas ( o da reportagem era automático).



Ao Dr. Octávio Guedes de Morais (1910-1992), que gostaria muito de ler essa reportagem. E não podemos deixar de citar a Revista Quatro Rodas. Ter um carro na revista é um sonho para uma criança que cresceu lendo as reportagens e testes dos carros que tanto amamos.

Vital


Reportagem - e o carro embaixo da revista.

E a reportagem do lançamento, no final de 1978. Já tínhamos o nosso 88324 na ocasião.



domingo, 10 de junho de 2012

VW Variant II 1978 RL-6540

Hoje a tarde passei na casa do meu pai, e como de costume, ele tirou mais um monte de coisas dos seus arquivos. entre elas, muitas fotos antigas dele, em diversas épocas da sua vida. No meio, alguns negativos muito interessantes, e claro que tenho um scanner apropriado para slides e afins.

Os negativos são de 1979, achei uma foto do meu primeiro dia de aula na 1a série, na nossa casa. Olha só a mala escolar! E o Passat 76 ao fundo.

 Um bom aluno

    Saudades desta época... Tudo está igual, exceto a cor da parede e a TV.

Rara foto dos primos juntos.


Olhando atentamente para o tesouro, reconheci o contorno da Variant, o carro da tia Licia. Irmã mais nova do meu pai, ela era sem sombra de dúvida a tia mais legal que já tivemos. Vale dizer que ela sempre morou fora de São Paulo, e até fora do estado, o que sempre limitou o nosso convívio. Tanto que pouco tivemos contato com nossas primas, exceto em algumas raras férias. Na verdade, duas. 1980 e 1986, ambas na chácara dos meus tios. Alias, férias inesquecíveis. A tia Licia era sem dúvida uma mulher especial. Lutadora, animada, sempre acordava cedo para caminhar. Nunca deixou de ligar num aniversário meu ou do meu irmão. Super mãe, super avó, super esposa.


Olha só um Dodge!





Tia Licia, eu e a Beatriz 



Da esq para dir: Bia, M.Fernanda, meu pai, Otaviano e eu.
Tia Licia, com 37 anos na época.


Era também uma pessoa incansável. Em 2003 soube que ela estava muito doente, e acompanhei a sua luta até o final, em 2008. Nunca a ouvi reclamar de qualquer coisa, a vontade era tanta que prolongou a sua vida por cinco anos. Mesmo muito debilitada, veio em casa conhecer meus filhos recém nascidos. E também ao aniversário de um aninho deles. De onde ela estiver, fica aqui toda a minha consideração e todo o meu amor, sentimos a sua falta.

A chácara era um lugar muito bacana. Meus tios a inauguraram em 1979 ou 1980. Eu não lembro direito. Era uma casa bem rústica mas muito aconchegante. Havia dois lagos bem perto, e pescávamos nele com baldes e migalhas de pão. Não havia asfalto naquela época (não sei se hoje tem, faz mais de 25 anos que não vou lá, a casa ainda pertence as minhas primas), e a valente Variant II, nova na época, cortava aquela poeira com minha tia ao volante. Eu gostava daquele carro, era muito bonito e luxuoso. Era uma Brasilia evoluída, na verdade. Mas para nós era a sensação.

Em 1983 minha tia trocou a Variant II por uma Belina 1983 0 km, que ficou por mais de uma década na família.

As fotos foram tiradas no começo de 1979, na Escola de Agronomia Luiz de Queiróz, em uma viagem que fizemos os três: meu pai, Otaviano e eu. Bem na ocasião que meu pai completou 40 anos.


abraços a todos!


domingo, 3 de junho de 2012

Ford Belina GL 1984. Não vendi. E chegou o Controlar.

E chegou a hora de mais um temido e famigerado Controlar, o pesadelo dos proprietários dos carros antigos.

Como o carburador é novo, assim como velas, etc..., não deu outra. Como o ano de fabricação é 1983, ano que vem a pequena perua completará 30 anos, e vou fazer as sonhadas placas pretas. Aí não vendo mais.

Abraços!